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Alta do álcool chega aos postos da Cidade

Após três semanas seguidas de alta no preço do álcool hidratado nas usinas, o reajuste chegou às bombas de combustíveis. No início desta semana, em Santos, alguns postos vendiam o litro do álcool por até R$ 1,65. No mês passado, o valor mais alto registrado no Município pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi de R$ 1,60.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) já emitira uma nota informando que a alta dos preços seria repassada aos consumidores.

Desde o dia 9 de março a cotação do hidratado subiu em média 18% nas usinas, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP).

Em Santos, o valor do litro do álcool hidratado se manteve estável até o último final de semana. Segundo o levantamento semanal de preços por município da ANP, a média por litro na Cidade oscilou entre R$ 1,430 e R$ R$ 1,450.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Santos e Região, José Camargo Hernandes, explicou que o reajuste não foi repassado ao consumidor antes porque ainda havia estoque de combustível, mas, agora, ficou quase impossível. No meu posto eu não consegui segurar o aumento. Tive que reajustar (o preço). Conforme Hernandes, os preços do álcool nas distribuidoras subiu entre R$ 0,15 e R$ 0,20, nas últimas semanas.

Entresafra

Em nota, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) informou que o reajuste na cotação do álcool hidratado e do álcool anidro (que é misturado à gasolina) reflete o momento de entressafra. Porém, informa a nota, com o início da colheita na região Centro-Sul, a tendência natural é que esse quadro venha a se alterar.

Quem pensa que a elavação do preço do álcool nas usinas não afetará a gasolina está enganado. A gasolina vendida nos postos brasileiros é composta por 23% de álcool anidro, justamente o que sofreu a maior alta. O preço do litro do produto subiu cerca de 27%.

Em 9 de março o anidro era vendido nas usinas paulistas por R$ 0,845 o litro. Três semanas depois este valor chegou a R$ R$ 1,070, cerca de R$ 0,22 mais caro.

O preço bem mais em conta sempre foi o grande atrativo na hora de optar pelo álcool. Tanto que os carros flex dominam o mercado nacional. O advogado Gilberto Biskier possui um carro bi-combustível. Ele sempre optou por álcool e, mesmo com a alta do derivado da cana-de-açúcar, o advogado não pensa em mudar de escolha, até o momento. Apesar de estar mais caro, por enquanto ainda vale a pena.

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