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ALL encerra em forte alta de 19,44%; Cosan ON sobe 4,97%

As ações da América Latina Logística (ALL) lideraram as altas do Ibovespa no pregão de hoje, com valorização expressiva de 19,44%, a R$ 6,45. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Cosan vieram logo em seguida, com avanço de 4,97%, a R$ 36,47. O índice de referência da bolsa terminou a sexta-feira com alta de 0,81% a 48.201 pontos.

Os papéis reagiram à notícia publicada com exclusividade hoje pelo Valor sobre as negociações avançadas para a fusão de ALL e Rumo, do grupo sucroalcooleiro liderado por Rubens Ometto.

De acordo com a reportagem, os acionistas de ALL e Rumo estão muito próximos de fechar a união das companhias, após quase três meses de negociação. A expectativa é que um acordo possa ser selado na próxima semana, já que as bases fundamentais para a operação já teriam sido estabelecidas.

A Rumo, companhia da Cosan, representará entre 35% e 38% do novo negócio, enquanto de 65% e 62%, será o equivalente ao negócio da ALL. A companhia resultante — que continuará a se chamar ALL — será gerida por um acordo de acionistas no qual participarão apenas Cosan, TPG e Gávea (os fundos de investimento minoritários na Rumo) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em relatório, a equipe do Concórdia afirma que a operação é considerada um “bote salva-vidas” para a ALL, que vem enfrentando uma série de problemas nos últimos meses, que passam por maiores necessidades de investimento e acidentes que ocasionaram interrupção de suas principais vias.

A analista Karina Freitas classifica a fusão como uma operação de “ganha-ganha” para ambas as empresas, na medida em que encerra o litígio envolvendo os contratos de açúcar da Rumo que a ALL teria de transportar em suas vias. Divergências em relação a esse contrato já tinham levado as companhias à arbitragem.

“A necessidade de investimentos representativos nos próximos anos pode reservar a possibilidade de aportes de capital na nova empresa, dada a robustez do grupo Cosan, que, mesmo indiretamente, poderá beneficiar a nova companhia”, afirmou a analista da Concórdia.

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