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Algodão, milho e soja são mais representativos

Três culturas que se destacam na agricultura nacional são a soja, o milho e o algodão. Respondem pelo crescimento de novas fronteiras de produção no Brasil e pelo avanço do País no mercado internacional de commodities agrícolas. Embora fatores conjunturais tenham freado a ascedente evolução dos grãos e da fibra, esses produtos ainda contabilizam volumes muito superiores aos registrados uma década atrás, como mostram os Estudos Especiais do Panorama Setorial (veja o box abaixo).

Soja

O acentuado crescimento da cultura da soja é um dos principais exemplos dos resultados positivos alcançados pelo agronegócio nacional em anos recentes. As lavouras com a oleaginosa foram precursoras na exploração de novas áreas agrícolas pelo Brasil, levaram progresso a pequenos municípios, tornaram-se o motor da economia de várias regiões e um dos maiores responsáveis pela expansão da receita cambial do País.

De um volume de pouco mais de 300 mil toneladas, no início dos anos 60, a produção de soja aumentou para o patamar dos 50 milhões de toneladas nos últimos anos. A expectativa para a safra 2004/05 é de as plantações com a oleaginosa resultarem em uma colheita de mais de 57 milhões de toneladas. Mesmo com as condições adversas do mercado, a alta liquidez da commodity faz dela uma das melhores opções de plantio, com uma remuneração mais garantida aos agricultores.

Parte da expansão do plantio ocorre em terras até então ocupadas por outras atividades. “Entre 1970 e 1980, houve substituição de culturas em 98% da área”, segundo a Embrapa Soja.

Milho

Segundo produto agrícola mais cultivado no País, o milho esteve, por vários anos, na liderança da produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, só desbancado, no final da década de 90, pela acelerada expansão da soja. O mercado do cereal tem passado, nos últimos anos, por importantes transformações, sobretudo a partir da safra 2000/01, quando o setor reverteu seu histórico de importador e foi em busca de divisas no mercado externo.

O principal destino da produção brasileira de milho é o mercado interno, mas as exportações vêm sendo estimuladas recentemente. Com o crescimento dos embarques, a perspectiva é de aumentar a liquidez do produto agrícola, de os preços internos atrelarem-se às cotações internacionais, e de avanço da prática da comercialização do milho no mercado futuro. Com maior participação no mercado internacional, cria-se uma nova relação entre produtor e indústria, como a realização de vendas antecipadas pelas tradings companies, entre outros mecanismos já difundidos no setor da soja.

Algodão

Da produção de algodão, a pluma retirada do caroço é o produto que tem mais importância econômica nesse segmento. Tem seu consumo voltado principalmente para a indústria têxtil nacional e, com perspectivas de dobrar em uma década, é também exportada para vários países do mundo.

O farelo algodão começa a ganhar mais espaço no mercado internacional com o temor da “vaca louca”. No Brasil, o caroço é destinado às empresas de esmagamento para a produção de óleo, de farelo e de línter-fibra que sobra no caroço após a retirada da pluma. O Brasil industrializa aproximadamente 150 mil toneladas de óleo de algodão, com faturamento estimado em US$ 67 milhões. O segmento de farelo de algodão movimenta cerca de US$ 42 milhões por ano e o de línter, US$ 14 milhões.

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