Alemanha quer fortalecer bioenergia
Os cultivos bioenergéticos e a segurança e a qualidade dos alimentos são as prioridades da Presidência da União Européia (UE) neste semestre, quando é exercida pela Alemanha, afirmou o ministro da Agricultura do país, Horst Seehofer. Em entrevista coletiva concedida dentro da programação da Semana Verde de Berlim, — evento realizado anualmente na capital alemã — Seehofer disse ser viável conseguir que em torno de 20% da energia consumida na UE, bloco formado por 27 países, seja obtida a partir da biomassa.
Seehofer garantiu que a Alemanha está muito interessada em estabelecer um centro de pesquisa de biomassa. Até agora, o país conta apenas com um orçamento inicial de € 2 milhões e espera a colaboração dos estados federados e das universidades.
De acordo com o ministro, é totalmente compatível a coexistência de produtos convencionais e ecológicos, e negou uma suposta queda do interesse por estes últimos na Alemanha, um dos grandes consumidores e importadores. Seehofer disse concordar com a produção de alimentos geneticamente modificados, mas alertou que o consumidor deve contar com rótulos claros e específicos para decidir se quer consumir esses ou outros produtos.
Para ele, a Presidência da UE tem a obrigação de trabalhar com afinco na segurança e na qualidade alimentícia para evitar riscos que prejudiquem os consumidores e os produtores do bloco. Admitiu que existem riscos, como o da gripe aviária, mas disse que esta ameaça reduziu-se nos últimos tempos.
A Alemanha tem um total de 1,26 milhão de agricultores que cultivam 366.000 terrenos maiores de dois hectares, com uma extensão média de 46 hectares. A produção de alimentos orgânicos cresceu acentuadamente no país nos últimos anos, situando-se em torno de 21% entre 2004 e 2005.
Teto solar valoriza ações
As ações da Solar Integrated Technologies Inc. dispararam até 65% após a empresa ter obtido uma encomenda para construir o maior sistema de geração de energia solar de teto, num momento em que empresas como a Tesco tentam se tornar mais ambientalmente corretas. Os papéis da empresa deram um salto que chegou a até 24,5 centavos de libra esterlina, passando a valer 62 centavos de libra esterlina. Eles fecharam na última sexta-feira cotados a 52 centavos de libra esterlina em Londres, o que atribui à Solar Integrated valor de mercado de 18 milhões de libras esterlinas (US$ 36 milhões). A empresa lançou ações pela primeira vez no Alternative Investment Market de Londres em maio de 2004.
Os painéis solares cobrirão mais de 500.000 pés quadrados (cerca de 46.400 metros quadrados) do teto do depósito do Tesco na Califórnia e produzirão 20% da energia utilizada pelas instalações, disse a Solar Integrated em comunicado enviado à Regulatory News Service, agência de notícias da bolsa londrina. A empresa pretende concluir o projeto — que custará aproximadamente US$ 13 milhões — para a maior rede varejista britânica no decorrer deste ano. Os clientes “estão buscando formas de medir e reduzir as emissões dos gases geradores do efeito estufa”, disse a empresa, sediada em Los Angeles, no comunicado.
Em 18 de janeiro, o Tesco disse que pagaria mais de 500 milhões de libras esterlinas durante o período de quatro anos para reduzir sua utilização de energia e suas emissões de gás carbônico. O Marks & Spencer Group investirá 200 milhões de libras em seu plano ambiental.
Os investimentos em formas limpas e renováveis de energia aumentaram 43%, para perto de US$ 70 bilhões no ano passado, disse o jornal Financial Times no último dia 3 de janeiro, citando a empresa de pesquisa New Energy Finance.
As ações da Renesola Ltd., fabricante chinesa de lâminas para células captadoras de energia solar, deram um salto de mais de 400% no ano passado, o que proporcionou aos investidores que participaram de uma venda de ações em agosto um retorno próximo de seis vezes o valor inicial do investimento. A Renesola também negocia ações na Bolsa de Valores de Londres.
A Solar Integrated também fornece painéis para a Honeywell International Inc. e a Toyota Motor Corp.
