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Alcooldutos

A perspectiva de transformar o etanol, produto de combustão mais limpa e renovável, em alternativa ao petróleo faz disparar os investimentos na atividade sucroalcooleira.

O Brasil já é o segundo maior produtor de etanol do mundo, com 22 bilhões de litros ao ano. E o negócio cresce em velocidade tão acentuada que os investimentos não se limitam mais a pesquisa para aumentar produtividade, aumento da área de plantio e construção de novas usinas.

Três grandes companhias do Brasil planejam construir quatro alcooldutos, sendo três deles no Interior de São Paulo. Desta forma, a perspectiva é a de que até 2015 três corredores de escoamento de etanol devem estar em pleno funcionamento no país.

O escoamento da produção brasileira por meio de dutos, de cara, tende a gerar uma economia estimada entre 15% e 30% nos custos de transporte.

E isto significa a possibilidade real de ganhos mais expressivos para os produtores, preços mais em conta para o consumidor interno, o que beneficiaria a todos.

Outro ponto favorável: haverá diminuição do trânsito de caminhões nas estradas, com melhorias nas condições de tráfego e menos acidentes. Isto sem falar na diminuição da emissão de gás carbônico.

A construção dos dutos talvez sirva para viabilizar o uso do álcool em empresas, nos processos de produção, em substituição ao diesel ou carvão. O que, também, haverá de causar reflexos positivos ao meio ambiente.

O chacoalhão na economia, já durante o período de construção, é outro reflexo favorável para as cidades do Interior.

As companhias prometem contratar mão-de-obra direta e indireta na própria região por onde passarão os alcooldutos.

Mas uma coisa é certa. É preciso prudência nesse momento. Seria inaceitável, por exemplo, a construção dos dutos sem as cautelas de praxe, como a observância rigorosa de regras da segurança e da legislação ambiental em vigor.

Outro ponto relevante é que o governo precisa criar uma política agrícola capaz de conter o risco da monocultura canavieira, em prejuízo da produção de alimentos, o que seria um grande erro.

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