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Álcool x Gás: Guerra pela futura demanda

Além de apontar para um crescimento no consumo do gás natural e do álcool hidratado, números mostrados no trabalho da Câmara Setorial deixam claro que os dois combustíveis irão guerrear pela futura demanda do mercado. A queda nos preços do GNV e o aumento na logística de distribuição farão com que ele roube inclusive parte do mercado do hidratado. Hoje o incremento da frota convertida a GNV é dividido em 80% de carros à gasolina e 20% a álcool, cenário que será inverso em 2010.

Como o carro a álcool é mais barato e paga menos impostos que o veículo à gasolina, compensa utilizá-lo na hora da conversão para o GNV, explica Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool. Sobre o álcool incidem 8,2% de PIS/Cofins e para o GNV nada. Aí não tem competição, lembra Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica. Por isso, usineiros e defensores do álcool combustível esperam a publicação até maio do decreto que regulamenta a Lei 10.833/2003, que zera o PIS/Cofins do álcool.

Até agora, a competição é injusta na questão tributária, já que estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, tem um ICMS de 31% sobre o álcool. Na questão ambiental, também, pois o GNV é fóssil e contribui com o aquecimento global, opinou Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool. Mas não dá para imaginar que o governo deixe de aproveitar uma reserva de 14,8 trilhões de metros cúbicos de gás natural disponível hoje, finalizou Joseph Junior.

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