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Álcool: Jeb Bush diz que sobretaxa nos EUA limita mercado

O ex-governador da Flórida, John Ellis “Jeb” Bush, disse que o imposto cobrado pelos Estados Unidos para entrada do álcool brasileiro no país está limitando o crescimento deste mercado. A afirmação foi feita durante o evento “Os desafios do etanol”, realizado em São Paulo. Na opinião de Jeb Bush, este é o momento de aplicar políticas globais e criar mercados interamericano para a energia renovável.

Ele afirmou que os Estados Unidos cobram tarifas sobre alimentos, a fim de proteger seu mercado interno, mas não sobretaxam as compras importações de petróleo, nem do Canadá nem da Venezuela. “Então, é um contra-senso existir esta tarifa para o etanol brasileiro”, disse ele.

Jeb Bush afirmou também que por conta do aquecimento global, existe um aumento na conscientização dos norte-americanos sobre a questão energética. Ele acredita que este fato, aliado a questão de segurança nacional, vai facilitar mudanças na legislação. Ele lembrou que o imposto tem vigência até 2009 e que no próximo ano serão realizadas as eleições nos Estados Unidos. “Este será um bom período para que a lei seja revista, porque esta é uma questão política”, disse ele.

Paradigma

O ex-ministro da Agricutura, Roberto Rodrigues, que coordena o Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FG-Agro) e é membro da Comissão Interamericana de Etanol, ressaltou durante o encontro que a agroenergia é o novo paradigma para o mundo inteiro e que através dela os países pobres podem se transformar em grandes fornecedores de energia renovável, mudando a geo-economia agrícola e também a forma de se negociar a agricultura na Organização Mundial de Comércio. “Enquanto no Século 20 o grande tema da agricultura foi a segurança alimentar, no Século 21 será a segurança energética.”

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