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Álcool e gasolina ficam mais baratos nos postos do país

A queda do preço do álcool no atacado começa a chegar ao consumidor. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o preço do álcool hidratado caiu 7,5% em fevereiro. No ano, o produto já acumula redução de 10%. A gasolina, que tem uma porcentagem de álcool em sua mistura, também vem sentido os reflexos: de acordo com a ANP, seu preço caiu 1% no mês passado.

O repasse pelas distribuidoras da redução do preço no atacado vem se intensificando nas últimas semanas, segundo o levantamento da agência. Em janeiro, a pesquisa da ANP detectou estabilidade nos valores cobrados pela revenda e distribuição.

“Em função dos bons estoques e da retração da demanda, o preço do álcool nos produtores caiu 7,7% no mês, mesmo em período de entressafra”, diz o estudo, lembrando que este movimento não se refletiu no varejo. Na época, executivos das distribuidoras alegavam que ainda tinham estoques antigos, comprados a preços mais altos, e por isso o consumidor não estava se beneficiando do excesso de oferta no mercado.

A redução dos preços dos combustíveis tem ajudado a segurar os índices de inflação. Na divulgação da segunda prévia do IGP-M, anteontem, por exemplo, o chefe do Departamento de Preços da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Salomão Quadros, disse que o item combustíveis vem tendo um comportamento importante, já que puxa para baixo os preços no atacado. A segunda prévia do IGP-M fechou em alta de 0,92%. Os combustíveis, no atacado, caíram 3 19%.

Petróleo – A ajuda dos combustíveis no controle da inflação, porém, enfrenta uma ameaça externa: o momento conturbado do mercado internacional de petróleo. A cotação do barril já entra na sua terceira semana consecutiva de alta e atingiu níveis inéditos desde a primeira guerra do Golfo, em 1991. O impacto no mercado brasileiro ainda é incerto, já que a Petrobras adotou uma atitude mais conservadora em relação a reajustes, preferindo avaliar o mercado em um prazo mais longo.

Segundo cálculos de uma trading do setor, a gasolina no Brasil está hoje 25% mais barata que o preço cobrado no Golfo Americano, região usada como parâmetro pela estatal. Esta semana porém, o presidente da empresa, José Eduardo Dutra, disse que não haverá reajustes por enquanto. Espera-se no mercado que, passada a crise provocada pelos atentados em Madri, as cotações internacionais voltem a ceder.

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