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Álcool brasileiro conquista mercado nos EUA

O Brasil encerrou este primeiro semestre do ano com exportações recordes de álcool. Dados da Unica – União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo, com base na Secex – Secretaria de Comércio Exterior, mostram que as usinas do país embarcaram 930 milhões de litros, nos primeiros seis meses deste ano, ante 730 milhões de litros negociados em todo ano de 2003.

Segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica, 330 milhões de litros do total embarcado tiveram os Estados Unidos como destino. “As exportações para os Estados Unidos ocorreram mesmo com

a alta taxa de importação cobrada pelos americanos”, disse Pádua. A taxa de mundo, está entre os grupos exportadores brasileiros para o mercado americano. Os volumes ainda não são expressivos, mas já suficientes para abrir espaço no segundo maior país consumidor do mundo, atrás do Brasil.

Rodrigues explicou que as negociações foram viáveis porque os preços do petróleo e, conseqüentemente da gasolina, nos EUA, registraram forte valorização. Os outros destinos do álcool brasileiro foram o Japão, Índia, Suécia, Costa Rica, Jamaica, entre outros.

Com a compra do álcool pelos americanos, o Brasil aumentou sua participação no mercado externo de álcool combustível. Tradicionalmente, o país é exportador do chamado álcool para outros fins, usados pelas indústrias de bebidas, químicas e farmacêuticas.

Pelos cálculos de Rodrigues, as usinas exportaram pouco mais da metade dos 930 milhões de litros do álcool neste semestre para fins combustíveis.

O interesse americano pelo álcool brasileiro, contudo, ainda é pontual. Os EUA deverão reduzir suas importações à medida que aumentam a produção doméstica do etanol, à base de milho. A forte resistência dos produtores de milho dos EUA também deve minar

qualquer aumento de demanda pelo produto brasileiro.

A Copersucar, uma das maiores cooperativas de açúcar e álcool do mundo, está entre os grupos exportadores brasileiros para o mercado americano. Os volumes ainda não são expressivos, mas já suficientes para abrir espaço no segundo maior país consumidor do mundo, atrás do Brasil.

Na safra passada, dos 280 milhões de litros que a cooperativa exportou, 10 milhões foram para o mercado americano. A participação deverá ser bem maior na safra 2004/05.

Nos últimos anos, a principal porta de entrada do álcool brasileiro nos EUA tem sido o Caribe. Os países centroamericanos são beneficiados por uma cota de 7% do consumo americano de álcool pela Iniciativa da Bacia do Caribe (Caribbean Basin Initiative).

Com isso, o álcool brasileiro é industrializado nesses países e segue

para o mercado americano.

Confira matéria especial completa na edição de julho do JornalCana.

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