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Álcool barra deflação maior em SP

O álcool foi o combustível da inflação no mês passado, comportamento que deverá ser repetido também neste mês. Com base em informações ainda preliminares, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) prevê taxa de 0,15% gerada apenas por álcool e gasolina neste mês, ou seja, 50% da inflação prevista para o período, que é de 0,30%.

Além dos combustíveis, a inflação recebeu pressão dos alimentos, que, após queda média de 0,83% há duas semanas, terminaram o mês com redução de apenas 0,22%.

Os pesquisadores da Fipe apontaram alta de 13,5% nos preços do álcool combustível na primeira semana deste mês em relação ao mesmo período de fevereiro. Já os preços da gasolina, devido à redução da mistura de álcool, subiram 2,96%. A pesquisa foi feita em 30 postos espalhados por todas as regiões de São Paulo.

A Fipe constatou aumentos de até 21% nos preços do álcool na capital paulista neste início de mês, mesma taxa que a Folha já havia registrado na sexta em pesquisa realizada semanalmente em 45 postos.

Os menores aumentos, segundo a Fipe, ficaram em 5,6%. No caso da gasolina, os aumentos chegaram a 8% na primeira semana deste mês, mas alguns postos aproveitaram para ganhar “market share” e reduziram os preços médios em 2%.

São Paulo teve deflação de 0,03% no mês passado. A perda de ritmo na redução de preços dos alimentos e a alta nos combustíveis impediram uma deflação maior, diz Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe.

O álcool deu impulso à inflação em fevereiro e vai continuar mantendo a evolução média dos preços neste mês, segundo Picchetti.

Em fevereiro, o setor de transportes, com reajuste de 0,49%, foi o que gerou a maior inflação do período. A seguir vieram saúde e educação.

Já os setores de habitação, alimentação, despesas pessoais e vestuário tiveram deflação.

A pressão dos combustíveis sobre a inflação não ocorreu apenas no período de entressafra. A Fipe registrou aumento de 26,6% nos preços do álcool nos últimos 12 meses, enquanto a gasolina ficou 8,6% mais cara.

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