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Álcool ainda é encontrado sem reajuste; gás sobe R$ 0,17

Vários postos ainda não repassaram ao consumidor o aumento de R$ 0,046 por litro de álcool, em função do reajuste da pauta fiscal, que é o preço usado como base pelo governo do Estado para cobrar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Serviços e Mercadorias). Com isso, o preço permanece na casa de R$ 1,99 o litro em vários estabelecimentos de Campo Grande, conforme consulta feita esta manhã pelo Campo Grande News. Por outro lado o preço do GNV (Gás Natural Veicular) ao consumidor está R$ 0,17 mais caro por metro cúbico. Em Mato Grosso do Sul 8,6% da frota é movida a álcool, o que significa 50,9 mil veículos. A frota movida a GNV é de 4,6 mil veículos.

Um exemplo é o posto São Miguel Arcanjo, no bairro Aero Rancho, onde o litro do combustível custa R$ 1,996 e, segundo o gerente, Paulo Pimenta, não será reajustado enquanto não chegar com preço novo. “Só ouvi comentários”, disse.

No Shopphincar o álcool está mantido a R$ 1,997 o litro e o gerente, Claudeir Nunes, espera receber o produto já com a carga reajustada para só depois alterar o preço. Da mesma forma será procedido no Posto do Parque, localizado na Avenida Mato, Grosso, segundo a gerente Célia Maia, Lá o litro do álcool custa R$ 1,999. “Ainda não recebi combustível com a nova pauta e só vamos repassar o novo preço quando chegar nova carga”, explica.

No posto Trokkar Mato Grosso, localizado no centro, a diretoria está reunida para discutir a mudança da pauta e o preço está em de R$ 1,99 por litro. O proprietário do posto, Lauriano Ribeiro, diz que o aumento da pauta deve refletir não só em R$ 0,06 por litro do álcool, mas também em R$ 0,08 no litro da gasolina e R$ 0,07 no diesel. “Mas enquanto durar o estoque manteremos o preço”, garante.

De acordo com o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), com aumento da pauta o governo passa recolher R$ 0,50 em ICMS por litro, contra R$ 0,45 anteriormente.

GNV – No posto da Cooperativa dos Taxistas, localizado na Avenida Calógeras ainda é possível encontrar o álcool a R$ 1,997 o litro, mas o preço do gás veicular subiu de R$ 1,319 a R$ 1,489, aumento de R$ 0,17, quando, segundo a MSGás, o preço do gás repassado para as revendas ficou R$ 0,08 mais caro o metro cúbico.

O presidente do Sintáxi (Sindicato dos Taxistas), Waltrudes Pereira Lopes, acredita que mesmo com o aumento do preço do GNV as conversões não devem diminuir uma vez que o ajuste na pauta deve elevar os preços do álcool e da gasolina, que tem 25% de álcool em sua composição.

O empresário Carlos Curci, 42 anos, converteu sua caminhonete F-1000 há dois anos para uso do GNV. Ele diz que mesmo com os aumentos sucessivos ainda compensa o uso do gás que proporciona economia de 50%. “Com R$ 26,00 encho o cilindro e rodo 180 quilômetros”, exemplifica. O professor Rudnei Fernandes, que também converteu sua Blazer, concorda e afirma que há um ano e meio adaptou o motor.

O taxista Aristeu Yonaka também defende o uso do GNV para economizar, especialmente em seu caso que roda bastante. “Para quem trabalha compensa converter, mas não acredito que compense para quem usa o carro somente para passeio”, diz. Diz que gastou R$ 2,8 mil para fazer a conversão há 3 anos e que à época pagava R$ 1,05 pelo metro cúbico, o que em sua opinião torna o combustível menos atrativo para quem não precisa trafegar por muitos quilômetros.

No ano passado o consumo de combustíveis em Mato Grosso do Sul despencou em 8%. No caso do álcool a retração foi de 1,7% totalizando de janeiro a novembro 63,4 mil metros cúbicos. Mais econômica, a frota de motocicleta registrou um “boom”, passou de 114,6 mil em janeiro a 130,3 mil em dezembro, 13,69% de aumento, contra apenas 5% de aumento na frota de veículos de passeio.

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