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Alcoeste prepara-se para entrar na produção de açúcar. Confira os detalhes

Arakaki: safra 17/18 da Alcoeste também terá açúcar (Foto: Alessandro Reis/JornalCana)

A companhia sucroenergética Alcoeste prepara-se para estrear na produção de açúcar na safra 2017/18.

Em entrevista ao JornalCana, Luis Antônio Arakaki, diretor presidente da empresa, que tem unidade produtora em Fernandópolis (SP), revela detalhes da nova fase da Alcoeste.

Como foi a moagem da safra 2016/17 da Alcoeste?

Luis Antônio Arakaki – Entramos com a moagem até o fim de 2016, com pouco mais de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, cerca de 2,1 milhões de toneladas.

A Alcoeste estendeu a safra, enquanto boa parte das unidades paulistas encerrou o ciclo até no começo de dezembro. Por que? Houve cana bisada?

Luis Antônio Arakaki – Não. Na safra 15/16 moemos até janeiro de 2016. Paramos para a manutenção e inciamos a 16/17, que foi até a segunda quinzena de dezembro.

Qual foi a produção de etanol? 

Luis Antônio Arakaki – Com os investimentos recentes, dobramos a capacidade de moagem de 5 para 10 mil toneladas diárias de cana. Na 16/17, deveremos fechar com produção de 80 mil metros cúbicos.

A Alcoeste entrará na produção de açúcar?

Luis Antônio Arakaki – Sim. A fábrica começou a ser construída em outubro passado e a previsão é produzir açúcar já no primeiro dia da safra 2017/18, prevista para começar no mês de março. Pretendemos alcançar 15 mil sacas (de 60 quilos) do adoçante por dia.

Fale sobre esse investimento

Luis Antônio Arakaki – Estamos com uma fábrica bastante econômica. É extremamente tradicional. O Brasil tem tradição para produzir açúcar.

O investimento em açúcar é para aproveitar o mercado favorável do adoçante? 

Luis Antônio Arakaki – Sim. Imagino que esse mercado siga favorável pelo menos nos próximos dois anos [2017 e 2018].

Como ficará a moagem na 17/18 com a entrada do açúcar?

Luis Antônio Arakaki – Teremos as mesmas 2,1 milhões de toneladas de cana da temporada 16/17.

“A safra 17/18 deverá ter pouco mais de 200 dias, indo até o fim de novembro, embora tudo dependerá das condições climáticas” 

A produção de etanol ficará comprometida?

Luis Antônio Arakaki – Voltaremos à produção média de 5 mil toneladas de cana destinadas ao biocombustível e as 5 mil toneladas restantes da capacidade para fazer açúcar.

Na 16/17, a Alcoeste produziu 80 milhões de litros de etanol (Foto: Divulgação)

Qual tipo de etanol?

Luis Antônio Arakaki – Anidro, porque temos contratos. Quando duplicamos a capacidade da destilaria, aumentamos a produção de hidratado. Agora diminuiremos no hidratado, até porque não se sai de repente do anidro.

Como empresário e representante do setor sucroenergético [Araraki é vice-presidente da União dos Produtores de Bioenergia – Udop], como o sr. vê o cenário para o etanol?

Luis Antônio Arakaki – Depende muito das políticas em fase de debate, como a Cop 21 [21ª Conferência do Clima, realizada em dezembro de 2015 em Paris], e ver o que o Brasil irá executar [em termos de produção do biocombustível].

Se for preciso produzir mais etanol, como o sr. fará?

Luis Antônio Arakaki – Aí será preciso aumentar um pouco a capacidade de moagem e retomar a produção de etanol que a Alcoeste fez na 16/17, ou seja, destinar 10 mil toneladas diárias da cana para fazer o biocombustível.

 

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