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Alcoduto da Petrobras deve inciar operação em 2009

O primeiro alcoduto da Petrobras deverá entrar em operação até o final de 2009. A afirmação é do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, que participou nesta segunda-feira (26), em Niterói, RJ, da cerimônia de lançamento do Programa de Modernização e Expansão da Frota e de Embarcações de Apoio e da segunda fase do Programa de Modernização da Frota de Petroleiros.

Segundo Gabrielli, o projeto mais avançado é o que liga os municípios de Senador Cañedo, GO, e Paulínia, SP, com 1.150 km de extensão e um custo aproximado de US$ 1 bilhão. O duto vai escoar a produção de etanol da região Centro-Oeste, passando pela cidade mineira de Uberaba e as paulistas Ribeirão Preto e Guararema.

Na estação de Guaramema, o duto será direcionado para São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, de onde saíra um ramal para o terminal de Ilha d`Água, no Rio de Janeiro. O projeto, estabalecido numa parceria entre a Petrobras, Camargo Corrêa e a japonesa Mitsui, inclui um segundo trecho que ligará a hidrovia Tietê-Paraná ao terminal de Paulínia, SP.

Entre Paulínia e Guararema, o alcoduto terá capacidade anual para escoar até 12 milhões de m³ de etanol. Desse total, cerca de 4 milhões de m³ serão escoados pelo terminal da Ilha d`Água e aproximadamente 8 milhões pelo de São Sebastião.

Parceria

A união das três empresas resultou na criação da PMCC Projetos de Transporte Álcool S.A. que realizará as fases conceitual e básica do projeto. O Plano de Negócios da Petrobras prevê o investimento de aproximadamente US$ 700 milhões até 2012 em projetos e infra-estrutura para exportação de um volume de 4,7 bilhões de litros de etanol.

Segundo Gabrielli, na fase inicial de operção do alcoduto, o etanol será exportado principalmente para o Japão. Novos mercados serão abertos posteriormente. Segundo Gabrielli, a Petrobras almeja uma posição de destaque como player mundial na comercialização e na logística de etanol.

A estatal também pretende ampliar sua atuação na cadeia produtiva nacional. Para isso, participará, de forma minoritária, de associações em novas plantas de etanol para exportação e com isso garantir o fornecimento do produto.

Ampliação

Outro projeto prevê a construção de um alcoduto de 920 quilômetros de extensão, saindo de Campo Grande, MS, até o Porto de Paranaguá, PR. Em março deste ano, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou a formação de um grupo de estudos para avaliar a viabilidade do empreendimento.

Formado por técnicos da Petrobras e dos estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, o grupo está encarregado de fazer a análise prévia da viabilidade financeira, traçado do duto, levantamento dos volumes de produção de álcool na região, impacto ambiental da obra e previsão de orçamento. O relatório deverá ser concluído no mês que vem.

Pesquisa

A estatal anunciou também que vai priorizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento na segunda geração tecnológica de etanol, baseada nos estudos realizados pelo Centro de Pesquisas da Petrobras com a lignocelulose (produção de álcool a partir da celulose). O Brasil ocupa a segunda posição mundial em produção de etanol de cana-de-açúcar, com 22 bilhões de litros produzidos anualmente.

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