Alco espera incremento das exportações de combustível
As exportações nacionais de álcool devem crescer a curto e médio prazo. Esta é a avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Álcool (Alco), Roberto Holanda, que estima um ligeiro crescimento nos volumes comercializados este ano. “No ano passado exportamos algo entre 500 milhões e 600 milhões de litros. Este ano deveremos registrar um ligeiro crescimento, podendo chegar a 800 milhões de litros exportados”, disse.
Segundo Holanda, o mercado internacional de álcool já está consolidado e o produto é considerado como a grande vedete do futuro uma vez que é originário de uma fonte renovável além de possuir características ecológicas. Para o executivo, o potencial de mercado é significativo. “O crescimento é lento. Mas somente no caso do Japão pode-se chegar a 6 bilhões de litros. Se houver adição de álcool à gasolina o potencial daquele mercado pode dobrar”, avalia. Além do mercado japonês, a União Européia e países como a Tailândia também estão recomendando a adição do álcool a outros combustíveis.
Uma das vantagens nacionais para ganhar o mercado externo está no baixo custo de produção. Roberto Holanda comenta que o custo de produção do álcool no Centro-Sul do País é de cerca de US$ 0,19 por litro. No Nordeste este valor é de US$ 0,23. Nos Estados Unidos, que de acordo com ele é um dos concorrentes diretos dos produtores nacionais, o custo de produção por litro é de US$ 0,33.
“Hoje os Estados Unidos produzem cerca de 9 bilhões de litros anuais e a meta é elevar este volume para 20 bilhões de litros em 2012. Isto é um referencial da consolidação do mercado internacional de álcool”. Segundo a Alco, o Brasil produz atualmente cerca de 13 bilhões de litros. A Alco reúne 29 produtores de álcool de onze estados do Brasil. Estas empresas respondem por cerca de 10% da produção nacional do combustível.
