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Agropecuária e comércio elevam o emprego formal em Araçatuba

O emprego formal (com carteira assinada) teve resultado positivo no mês de maio em Araçatuba. Dos 2.021 trabalhadores admitidos no período, 1.250 conseguiram se manter no emprego, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que mede o emprego formal no Brasil. O grande responsável pelas contratações foi o setor agropecuário. O desempenho no mês de maio deste ano é superior ao do mesmo período de 2003, quando foram contratados 1.143 trabalhadores, dos quais 179 permaneceram empregados.

O quadro é considerado atípico e mostra a criação de postos de trabalho permanentes em detrimento à rotatividade de trabalhadores. “Normalmente o número de admissões e de demissões é bem próximo, mas dessa vez não”, afirma o técnico César Augusto de Oliveira, da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho.

O setor que mais contribuiu para o resultado positivo do emprego formal em Araçatuba foi o agropecuário, com 1.079 contratações de trabalhadores, dos quais 987 se mantiveram empregados.

O desempenho do setor deve-se principalmente ao setor sucroalcooleiro e à expansão dos canaviais. A safra da cana-de-açúcar vai de abril a novembro. “O setor sucroalcooleiro desponta no número de contratações a partir do final do terceiro trimestre do ano”, justifica Oliveira.

Depois da agropecuária, o setor que mais contratou foi o comércio, com 408 admissões. Deste número, 113 trabalhadores se mantiveram empregados. Em maio de 2003 foram 357 contratações no comércio e 372 demissões, ou seja, naquele período, o setor demitiu mais do que contratou.

Para o presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Araçatuba), Wilson Marinho da Cruz, o saldo positivo das contratações no comércio em maio deste ano deve-se principalmente à inauguração de novas lojas, principalmente do setor de telefonia móvel, óticas e supermercados, que investiram na ampliação de suas unidades, além de restaurantes.

“De um modo geral, o ano de 2004 está bem melhor que o de 2003”, afirmou.

Os serviços foram responsáveis por 300 admissões — deste número, 70 trabalhadores permaneceram empregados. A indústria de transformação contratou 216 pessoas, das quais 120 foram desligadas, deixando um saldo de 96 empregos.

No ano, foram contratados 7.403 trabalhadores, dos quais 3.045 se mantiveram no emprego. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 910 trabalhadores empregados — foram 13.547 contratações no período ante 12.637 demissões.

REGIÃO – Penápolis é destaque no resultado de maio deste ano, na região de Araçatuba. Embora o número de trabalhadores que se mantiveram empregados tenha caído em relação a maio do ano passado, o número é expressivo.

Dos 2.695 contratados em maio, 2.451 se mantiveram empregados. No mesmo período do ano passado foram admitidas 2.846 pessoas em Penápolis, das quais 2.695 conseguiram se manter no emprego.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Fernão Dias Aguiar Toledo, as contratações em Penápolis estão ligadas ao setor agropecuário, mais especificamente ao setor sucroalcooleiro. A instalação de novas empresas, como a Verdes Alimentos, fabricantes de produtos para cães, também contribuiu para a geração de novos empregos, segundo ele.

Em Birigui, ao contrário de Araçatuba e Penápolis, o desempenho foi negativo. Em maio de 2004,o número de pessoas que se mantiveram no emprego foi menor do que no mesmo mês do ano passado. Foram 241, contra 355 em maio de 2003. O número de admissões de trabalhadores com carteira assinada também caiu, de 1.550 (maio de 2003) para 1.243 (maio de 2004). No entanto, as demissões também diminuíram: de 1.195 para 1.002 neste ano.

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