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Agronegócio

Um subproduto resultante da fermentação do caldo da cana no processo de produção de álcool, a levedura, é uma excelente fonte de proteína para a alimentação de animais e aves, utilizada na ração. A Companhia de Álcool Conceição da Barra (Alcon) localizada no distrito de Sayonara, em Conceição da Barra, é a primeira usina alcooleira a disponibilizar a levedura para alimentação de animais e aves.

O secador de levedura, que funciona no parque fabril da Alcon, está montado desde 2002, e tem capacidade para a produção diária de 10 toneladas, demandou investimento de R$ 2,7 milhões. A produção desse volume de levedura é resultado da moagem diária de 5 mil toneladas de cana, explica o gerente industrial da Alcon, Sérgio Torezane do Nascimento.

A levedura é vendida, praticamente, toda no Espírito Santo. O preço é em torno de R$ 700 por tonelada. O produto é vendido como fonte de proteína para produção de ração em geral! . Muitos compradores do produto, segundo Torezane, não chegam a fabricar a ração. A levedura, ou fermento, é utilizada diretamente para alimentação do gado. O produto tem até 38% de proteína e umidade entre 6º e 8º

Na Alcon, que tem capacidade para a produção de 400 400 mil litros de álcool por dia, é a única usina sucroalcooleira do Estado que faz a secagem da levedura. Além de aumentar o lucro da empresa com a venda do produto, a secagem da levedura tem outras vantagens. “Permite melhor controle do processo fermentativo e evita incrustação nos equipamentos”, explica o gerente Industrial.

O processo

Quem vê a levedura (ou o fermento) em pó não imagina a complexidade de todo o processo. Nem todos sabem também que para a produção do álcool é preciso que o caldo da cana moída passe por um processo de fermentação, que leva de 6 a 8 horas para que se transforme em teor alcoólico.

O passo seguinte é a separação d! o fermento do caldo fermentado, por meio de equipamentos denominados centrífugas separadoras de fermento. O fermento que é separado do teor alcoólico vai para um reservatório chamado cuba onde passa por um tratamento e retorna fazendo o mesmo processo de fermentação.

Desse fermento é feita uma sangria de 30 mil litros, que passa por um processo de retirada de todo o resíduo alcoólico. Depois o fermento, ainda líquido, vai para o processo de secagem através de gases com temperatura de até 200º. Quando chega ao silo o fermento, ou levedura, já é pó. É ensacado e armazenado para a comercialização.

As usinas sucroalcooleiras que não fazem a secagem da levedura precisam descartar o fermento excedente que acaba se perdendo junto com a vinhaça, líquido descartado no processo de produção de álcool, que depois de tratado é usado para a adubação das lavouras de cana por meio da fertirrigação.

O processo

1.A cana

A matéria-prima para a produção da levedura é o caldo da cana moída

2.O caldo

Ele precisa passar por um processo de fermentação, que leva de 6 a 8 horas para obter teor alcoólico

3.O fermento

Desse fermento é feita uma sangria de 30 mil litros, que passa por um processo de retirada de todo o resíduo alcoólico.

4.A ração

Depois o fermento, líquido, vai secar e chega ao silo já em pó para ser ensacado e vendido como ração.

Ponto de Vista

José Antonio Bof Buffon

Diretor de Crédito e Fomento do Bandes

O novo “mundo rural”

A crise dos anos oitenta, para todos os efeitos, foi um divisor de águas, e por muito tempo assim será lembrada, na história recente do desenvolvimento. Junto com a democracia, veio o esgotamento do “industrialismo” enquanto ideologia que vincula o desenvolvimento unicamente ao crescimento da indústria. Passamos a considerar o “mundo rural” como um imenso campo de oportunidades para o desenvolvimento e para a inclusão econômica e social.

Particularmente, a pequena produção rural – a agricultura familiar – deixou de ser um resquício do passado e passou a ser vista com novos olhares, como garantia para um futuro melhor, mais justo, equilibrado e sustentável. Inúmeras pesquisas, teses e instrumentos de política pública para o meio rural foram produzidos a partir de então. Em meados dos anos noventa já tínhamos amadurecida uma ideia de que o desenvolvimento do campo estaria ligado a novos padrões de investimento e de financiamento.

Sabemos que o investimento é o veículo que transfere para a lavoura os avanços científicos e tecnológicos gerados nos centros de pesquisa. Mas o investimento requer a mobilização de um montante de recursos em um curto espaço de tempo; montante geralmente incompatível com o orçamento da maioria dos produtores rurais familiares.

Agenda

Curso de Culinária de Café

Data: 26 a 28 de agosto

Local: Centro de Treinamento dos Agricultores Famili! ares, em Atilio Vivácqua

Tel: (28) 3538.1233

Tecnologias de Produção de Folhosas como Opção para o Distrito de Aracê

Data: 26 de agosto

Local: Pedra Azul, em Domingos Martins

Tel: (27) 3248.1895

2º Módulo do Curso de Café Renovar Arábica

Data: 27 a 28 de agosto

Local: Associação de Dois Irmãos, em Baixo Guandu

Tel: (27) 3732.4980

Curso sobre Café Arábica

Data: 27 a 29 de agosto

Local: Quadra de Esportes de Piaçú, em Muniz Freire

Tel: (28) 3544.1273

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