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Agronegócio: seminário cumpre objetivo ao trazer conhecimento – cooplantio

Seminário Cooplantio Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto, que acontece até amanhã no Hotel Serrano, em Gramado (RS), está cumprindo suas metas. A afirmação é do presidente da Cooplantio, Daltro Benvenuti.

“Nosso objetivo era trazer mil pessoas para a serra gaúcha e alcançamos a meta, com cerca de 1.040 inscritos”, relata durante entrevista exclusiva à Agência SAFRAS. Além disso, segundo ele, as palestras servem para difundir conhecimento entre os produtores rurais.

A abertura do evento ontem, com o ex-ministro Roberto Rodrigues, não foi por acaso. “Queríamos uma pessoa que nos passasse muita informação qualificada, mas sem vínculo com governamental”, explica o presidente. “Para completar, trouxe-nos boas perspectivas para o setor de alimentos e agroenergia”, frisa.

Benvenuti acredita que o momento é bastante favorável ao agronegócio, com ganho de preço em vários produtos. Questionado sobre uma possível concorrência entre a agricultura para a alimentação e a voltada para a bioenergia, o entrevistado não vê problemas para os próximos anos. “Entre 10 e 20 anos, pelos menos, não haverá disputa de área, pela disponibilidade brasileira”, frisa, acrescentando que apenas Argentina e África também têm fronteiras para expansão agrícola para os dois segmentos. Complementa dizendo que a disputa entre os dois nichos será bom ao agricultor, pois o leque de opções fica mais amplo. Atualmente, a produção de biodiesel não é viável no Brasil, pois não consegue competir com o preço do diesel comum. Para o presidente, o governo terá de criar um prêmio para que o sojicultor entregue o produto para a fabricação do combustível. Outro fator que pode impulsionar o mercado agrícola é a questão da segurança energética nos Estados Unidos, onde a safra de milho deve disparar para a produção de álcool. Já na Europa, é a necessidade de independência alimentar que surge como suporte às commodities. “A nós, resta acertar a gestão, para estarmos preparado ao crescimento”, finaliza. Quando ao dólar, o entrevistado foi bem mais pessimista. “No curto e médio prazos, não há saída: teremos que contornar o atual patamar da moeda norte-americana”, comenta. Para ele, a saída é a busca incessante pela produtividade, que pode atuar como um compensador.

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