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Agronegócio de MG cresce 15% em 2008

Lavoura de soja no Sul mineiro: com alta de 24%, produto foi destaque

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro fechou o ano passado com crescimento de 14,8%, índice bem superior ao nacional, que avançou 5,6%. Os cálculos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP), mostram que, apesar do desempenho do setor ter registrado trajetória de queda a partir de julho do ano passado, a média do ano acumulou um aumento expressivo, responsável pelo melhor resultado dos últimos sete anos, quando foi iniciada a série histórica, somando R$ 90,5 bilhões.

No primeiro semestre de 2008, a média mensal de crescimento do PIB foi de 1%. A partir de julho, o percentual caiu para 0,4% recuando em novembro para -0,3%. Em dezembro, houve recuperação e o mês fechou com o discreto crescimento de 0,1! %. A pecuária foi responsável pela maior fatia do PIB, somando 51,8%, a agricultura respondeu por 48,2%. Entre os produtos que puxaram o PIB agrícola, destaca-se o café, que, apesar de ter tido queda no preço, cresceu em volume, registrando alta de 33%. O feijão foi o campeão crescendo em valor 82% e a soja, 24%. Já com tendência de queda destacou-se o algodão com recuo de 24% em valores, a laranja com queda de 17% e a cana de açúcar que desacelerou 7%.

Em fevereiro, as exportações mineiras avançaram 9,6% em relação a janeiro. O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana, não arrisca previsões, mas pondera que o crescimento pode ser um bom sinal para alguns indicadores do agronegócio, abalados pela crise financeira mundial, que derrubou o preço das commodities. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro já responde por 35% do PIB total do Estado e a 12% do PIB do setor no país. Entre os quatro segmentos que compõem o cálculo! , os insumos registraram maior peso com alta de 41%. O segmento básico que constitui o investimento em plantio, cresceu 23% . A distribuição acelerou 11% e a indústria sofreu queda de 0,8%.

O presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, lembra que todos os segmentos do agronegócio já sentem os efeitos da crise. Na pecuária houve queda nas exportações de bovinos, aves e suínos. “A Rússia, um dos principais parceiros do Brasil na compra de carne, chegou a devolver mercadoria que já havia sido embarcada”, aponta. “Acreditamos que o ano deve ser duro, com o decréscimo de alguns segmentos.” Simões cita como exemplo o segmento do ferro gusa. O preço do metro cúbico em Minas, caiu de R$ 220 para R$ 60. “Com o preço insuficiente e o mercado complicado, muita gente desistiu de plantar eucalipto”, comenta.

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