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Agronegócio cresce 8% em 2003

O ano que acaba de passar foi realmente de ótimos frutos para a agropecuária brasileira, com recordes de safra e de exportações. Os destaques ficam com a pecuária de corte e a soja, que alcançaram o primeiro lugar mundial nas exportações, e com a produção de grãos. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, que é a soma de tudo o que é produzido no setor, tenha um crescimento de 8% em 2003, passando de R$ 424,32 bilhões para R$ R$ 458,53. Responsável por 38% de toda a riqueza do País, o agronegócio não só tirou a balança comercial do déficit no ano passado como fez com que ela tivesse um superávit recorde na história: US$ 24,8 bilhões. O resultado foi divulgado na última sexta-feira.

Mesmo com os negócios indo de vento em popa, os grandes empresários e pequenos agricultores ainda encontram dificuldades na liberação de crédito rural, seja pela falta de recursos alegada pelos bancos ou pela burocracia das instituições financeiras.

A balança comercial do agronegócio registrou recordes sucessivos em 2003. Com um crescimento de quase 20% sobre o ano anterior, as exportações do agronegócio devem atingir a marca de US$ 29,5 bilhões. As importações do setor devem somar US$ 4,5 bilhões, o mesmo valor registrado em 2002. A leitura da CNA é de que a agropecuária brasileira está conseguindo aumentar a produção, com maior grau de competitividade.

A soja é o principal produto da pauta de remessas, seguida pela carne bovina. As perspectivas das vendas para o exterior da pecuária de corte são ainda melhores após a notícia, em dezembro, de um caso da doença da vaca louca nos Estados Unidos. As exportações brasileiras devem crescer 10% só no vácuo da suspensão da compra do produto norte-americano.

Vice-presidente da CNA, o empresário Pio Guerra diz que a grande vitória da agropecuária nacional é o “reconhecimento da importância do setor para a economia e a situação social do País.” Pesquisa recente da instituição mostra que 32% dos brasileiros acreditam que os negócios do campo são os que mais crescem no Brasil. Em segundo lugar, vem a indústria, setor que 30% dos entrevistados apontam como a atividade que mais se desenvolve.

“2003 foi importante porque novas culturas se consolidaram na economia nacional e no comércio mundial”, diz Pio Guerra. As perspectivas de avanço nas discussões sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) este ano fazem com que o agronegócio brasileiro tenha pela frente um importante passo a ser dado nos negócios internacionais.

Pio Guerra diz ainda que o Governo Federal precisa liberar os recursos previstos para o crédito rural de investimento e desburocratizar os bancos. “O financiamento foi apenas de custeio das safras. Precisamos de verba para investimento.”

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