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Agroindústria em alta favorece a entrada da São Martinho na bolsa

A São Martinho – companhia que atua na produção e comércio de açúcar, álcool e seus derivados e em outras atividades no setor agro-industrial – poderá captar cerca de R$ 400 milhões com a oferta pública de 18,42 milhões de ações ordinárias. Desse total, 8,18 milhões de ações serão vendidas pelos acionistas controladores: Mariangela Ometto Rolim, Francisco Pazelli Ometto, Orlando Corrêa da Silva Ometto, Eduardo Corrêa da Silva Ometto, Otávio Corrêa da Silva Ometto, Odila Ometto Lotufo, Luiz Olavo Baptista, Norma Mello Rossetti, Agenor Cunha Pavan, Thiago Cunha Pavan e Adriana Cunha Pavan.

O período de reserva para participar da oferta começa no próximo dia 26 e termina dia 5 de fevereiro. O preço das ações será definido em processo de bookbuilding ( média das ofertas no período de reserva), mas, foram estimados na faixa de R$ 17,50 e R$ 21,50, pelos coordenadores o UBS Pactual (líder) e BB Investimentos. As ações serão negociadas no Novo Mercado da Bovespa, com início previsto para 12 de fevereiro.

A São Martinho será a terceira empresa do setor agro-industrial a negociar ações na Bovespa. Foi precedida pela Brasil Ecodiesel (abriu o capital em 2006) e pela Cosan ( 2005), que também atua no segmento sucro- alcooleiro e que será sua concorrente direta na bolsa.

A ação da Cosan caiu 8,3% este mês, período de desaquecimento do mercado acionário. Mas deu alegrias aos investidores. Desde que entrou na Bovespa, em 18 de novembro de 2005, até a última sexta-feira, as ações da Cosan valorizaram 156,25%.

No mesmo período, o principal indicador de ganhos da bolsa (Ibovespa) não atingiu 40%. Para analistas, o setor tem boas perspectivas de crescimento de médio e longo prazo.

Segundo Daniela Marques, da Mercatto Gestão de Recursos, o preço do açúcar está acima da média histórica e é esperado um grande impulso na comercialização de álcool e derivados. “Há uma demanda forte por carros a álcool e bicombustíveis. Também existem projetos de substituição de gasolina por etanol, sendo desenvolvidos mundialmente, afirma Marques.

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