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´´Agrobalança´´ deve ter outro bom ano

A participação brasileira no comércio agropecuário internacional vem crescendo e essa dinâmica permitiu mais um recorde de superávit comercial setorial em 2010 (US$ 63,1 bilhões), apesar da discussão sobre a perda de competitividade por causa do real valorizado. A estimativa para 2011 é de nova expansão do saldo, de 2,1%. A menor taxa se dará pela base de comparação mais elevada para exportações e importações. Espera-se nova alta das commodities, em especial da soja, mas a retomada das economias desenvolvidas será fundamental para o comércio exterior brasileiro.

O País é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas, atrás apenas dos EUA e da União Europeia. Maior produtor e exportador de açúcar, café e suco de laranja, também lidera as vendas externas de etanol, tabaco e frango, com grande peso nos complexos soja e carnes. E essa condição não foi ameaçada em 2010, apesar do câmbio e dos problemas de logística que prejudicaram os embarques.

A evolução dos preços contribuiu com a maior parte do resultado em 2010, já que os volumes, nas principais cadeias, não aumentaram muito. A partir de meados do ano, restrições de oferta por problemas climáticos atuaram sobre as cotações que já vinham “testando” patamares mais levados.

Isso porque a depreciação do dólar ante uma cesta de moedas de países agroexportadores já vinha sendo relevante nos preços internacionais. As commodities cotadas em dólar já procuravam novos níveis que remunerassem os produtores em suas moedas locais. Sendo o País formador de vários desses preços, por sua posição no mercado, obteve maior benefício com a evolução dos preços.

Apesar do desempenho recente, o País tem muito a avançar. Resta área a ser incorporada à produção e nossas taxas de produtividade são muito inferiores às dos concorrentes, como é o caso do milho. A tendência, porém, é de avanço, em razão dos investimentos em pesquisas para desenvolver o agronegócio.

Mesmo enfrentando desafios, o Brasil deve se consolidar entre os líderes mundiais, garantindo a contribuição do setor para a estabilidade da economia. A competitividade “dentro das porteiras” é fato, restando a implementação de infraestrutura de escoamento da produção e garanta a qualidade das exportações.

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