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Agrishow 2011: IAC apresenta doze variedades de cana, dentre elas, três lançamentos

As três novas variedades de cana lançadas no final de 2010, pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) estão expostas na Agrishow 2011, que acontece até sexta-feira (6), em Ribeirão Preto (SP). O IAC também colocou à disposição mais nove variedades desenvolvidas pelo órgão. Todas as plantas apresentam elevada produtividade e concentração de sacarose e são adaptadas à canavicultura moderna, que envolve a colheita mecânica crua.

Em setembro de 2010, o IAC lançou as três variedades de cana, a IACSP 95-5094, IACSP 96-2042 e IACSP 96-3060. As novas variedades têm perfil para atender também aos critérios agroambientais e à demanda atual da agroindústria. Ainda apresentavam vantagem na produção de biomassa em relação à maioria dos materiais em uso, de acordo com o pesquisador e diretor do Centro de Cana do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell.

“Entre produtividade de biomassa e teor de sacarose as novas variedades estão produzindo 10% a mais que as usadas na primeira metade desta década”. Esse ganho pode chegar aos 30% se os produtores explorarem o potencial desses materiais, associando-os aos ambientes de produção adequados.

Alta produtividade

Outra variedade apresentada na Feira, a IAC 91-1099 se destaca pela elevada produtividade e concentração de sacarose. Comparadas com materiais cultivados comercialmente, sua produtividade foi superior em 11% às variedades existentes no mercado e garante ainda uma boa produtividade mesmo em cortes avançados, com produção superior em 20% a dos materiais que apresentam esse mesmo perfil. Seu caráter rústico-estável possibilita o cultivo em ambientes médios a desfavoráveis, enfatiza o IAC.

Também expostas na Agrishow, às variedades de cana – IACSP 93-3046, IACSP 94-2094 e IACSP 94-2101, têm perfil de maturação para o meio e fim de safra, atendendo às condições edafoclimáricas do Centro-Sul do Brasil. De acordo com o pesquisador do IAC, Marcos Landell, nessa principal região produtora do Brasil, a safra é dividida em três estações: outubro (abril-junho), inverno (julho-setembro) e a primavera (outubro-novembro).

Nesses períodos, o volume de cana produzido é de 25%, 45% e 30% respectivamente. “Percebe-se a grande importância das safras de inverno e primavera, que reúnem 75% do total de volume de matéria-prima”, destaca Landell.

Cinco são as variedades desenvolvidas pelo IAC, que se destacam na adaptação ao cerrado, são elas a IACSP 95-5000, IAC 91-1099, IACSP 94-2101, IACSP 93-30 46, IACSP 94-2094, todas essas são adaptadas à canavicultura moderna, que envolve a colheita mecânica crua. A expectativa é que as novas variedades lançadas em setembro passado, também apresentem ótimos resultados nas condições de deficiência hídrica.

A IACSP 95-5094 e IACSP 96-2042 também têm adaptação muito boa à região e trazem a perspectiva de otimizar a produtividade nas regiões secas, antes ocupadas por pastagens. A IACSP 96-3060 tem longo período de utilização, característica que contribui na logística da cadeia de produção por flexibilizar o período de colheita. Apresenta também excelente resposta em área orgânica. “Os três materiais são excelentes, cada um é otimizado em condições mais específicas, de acordo com o perfil regional”, diz Landell. Algumas das variedades têm perfil mais rústico o que as faz atender a região originalmente ocupada pelo Cerrado. São elas: IAC 91-1099, IACSP 93-3046, IACSP 94-2094 e IACSP 95-5000.

A IAC 91-1099 e IACSP 95-500 apresentam boa capacidade de acumular sacarose ao longo da safra, tornando-se uma boa opção para corte entre o inverno e a primavera – o que corresponde ao período de julho e novembro, garante o Instituto.

Já a IACSP 95-3028 chama a atenção pela precocidade de maturação, o que beneficia a colheita durante o período de menor volume de produção. “Para a IACSP 95-3028, colhida no inicio da safra – um momento bastante crítico para o acumulo de sacarose – o teor percentual desse açúcar pode ser 7,5% superior ao das variedades ainda cultivadas e utilizadas no inicio da safra”, pontua o pesquisador do IAC, Mauro Alexandre Xavier.

A IACSP 95-5094, IACSP 96-2042 e IACSO 96-3060 são adequados ao plantio mecânico e à colheita mecânica crua, dispensando a queima.

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