As usinas de cana-de-açúcar de Alagoas deverão encerrar a safra 2017/18 com quebra de produção. “A 17/18 ainda não é safra de recuperação”, diz, em entrevista ao JornalCana, Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindicato da Indústria e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL).
A não recuperação da produção sucroenergética, segundo ele, também atinge as demais unidades processadoras de cana-de-açúcar de toda a região Nordeste do país.
“A safra 17/18 é a primeira, depois de três safras sucessivas de seca, onde caímos para quase a metade de nosso histórico de produção”, afirma o executivo.
“Isso significa dizer que saímos de um patamar de 23 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano-safra para próximo de 15 milhões de toneladas”, relata.
A 17/18 em Alagoas, emenda, tem expectativa de registrar moagem de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Iniciada em meados de agosto, a safra deverá ir até março de 2018.
A produção das usinas de cana de Alagoas deverá chegar a 600 mil metros cúbicos de etanol, sendo 50% anidro e 50% hidratado, e a 1,2 milhão de tonelada de açúcar.
Segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, 18 usinas de cana-de-açúcar operam na safra 17/18 em Alagoas.
Pluviosidade
Conforme Nogueira, apesar da quebra a 17/18 gera significado positivo. “Essa é a primeira safra na qual o sistema de pluviosidade indica que o período de seca se afastou”, comenta.
O mês de novembro, emenda, registrou chuvas regulares. “Significa que se deixou de decrescer a oferta de cana, mas ainda não é a safra de recuperação.”
Para essa recuperação, diz, será preciso investir em plantios. “Isso ficará por conta da safra 2018/19”, prevê.
Nogueira estima que a safra 18/19 em Alagoas chegará a 17 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O aumento de 2 milhões de toneladas, ante a temporada 17/18, se dará por conta do aumento de plantio realizado nesse ano.