“Ter cautela é a palavra de ordem. Não temos obrigação de cultivar 1 bilhão de toneladas de cana. Temos obrigação é sobreviver e, hoje, ela significa olhar o caixa e ajustar-se à realidade”, afirmou há pouco José Carlos Correia Maranhão, diretor superintendente da Usina Santo Antonio (AL), durante sua participação em mesa redonda no F.O. Licht Sugar & Ethanol, na capital paulista.
Segundo Maranhão, o setor vive a maior crise financeira das últimas décadas. “No entanto, a correção do dólar felizmente acende uma luz no fim do túnel”, disse. “Depois de perder a condição de produtor mais competitivo do mundo [para os EUA, que produzem etanol do milho], o Brasil tem uma chance de reconquistar a sua posição.”
“Para a grande maioria das empresas, o objetivo fundamental é melhorar os seus índices de liquidez e reduzir o seu endividamento”, afirmou.
“A primeira crise do setor foi em 1.590, quando os escravos, no Nordeste, eram explorados pelos holandeses, e agora vivemos essa.”