Há alguns anos, a ideia de um projeto que interligasse o transporte de etanol de importantes centros de produção com os principais pontos de distribuição, parecia utopia. Mas o que era sonho começou a tornar-se realidade em 2013, com a inauguração do primeiro trecho, entre Ribeirão Preto e Paulínia, do Etanolduto. E a segunda-fase, que liga o Terminal Terrestre de Ribeirão Preto ao Terminal Terrestre de Uberaba, no Triângulo Mineiro, segue com as obras aceleradas, com previsão de conclusão para agosto deste ano.
Com investimentos de aproximadamente R$ 7 bilhões, o projeto da Logum Logística facilitará o escoamento do biocombustível das regiões produtoras de cana nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso Sul, Rio de Janeiro e São Paulo ao principal Centro de Armazenagem da empresa, no município de Paulínia (SP). Quando completo, o sistema logístico terá a capacidade de transportar 20 milhões de m³ de etanol por ano e armazenar 1,2 milhão de m³. A obra prevê ainda cerca de 1.300 km de extensão de dutos e 700 km de hidrovia, 15 terminais de coleta e distribuição.
No trecho “Ribeirão-Uberaba” será construído 145 km de duto além do terminal, com capacidade para armazenar 28 milhões de m³ de etanol.
Em nota, a Logum afirmou que o sistema adotado por ela é pioneiro no mundo, inovador e sustentável, e age em complemento aos modais existentes para o transporte de etanol, baseado em um conjunto de dutos para a condução de líquidos por meio de bombeamento de forma rápida, segura e em larga escala.
Para o diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio Padua Rodrigues, o projeto é um avanço estratégico que trará uma grande economia ao setor sucroenergético.
“O etanolduto vai aumentar a competitividade do etanol no mercado doméstico e internacional. A economia na ordem de 20% com o transporte trará ainda um importante beneficio para a indústria da cana, tão castigada nos últimos anos,” explicou o diretor da UNICA.
Juntando forças
Criada em 2011, a Logum Logística é resultado de um projeto inovador que envolve seis conceituadas empresas dos setores de engenharia, energia e transporte: Camargo Corrêa Construções e Participações (10%), Copersucar (20%), Raizen (20%), Odebrecht Transport Participações (20%), Petrobras (20%) e Uniduto Logística (10%). Juntas elas são responsáveis por três projetos individuais de etanoldutos que incluem a construção de dutos, de sistemas de transporte por hidrovias, rodovias, cabotagem, além de operações em terminais aquaviários, portos e armazéns.
O Etanolduto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), promovido pelo Governo Federal. A expectativa é que o sistema esteja em plena operação, em janeiro de 2016.
(Fonte: Unica)