Wellington Bernardes, da Redação
As mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar estão em crescente destaque no setor canavieiro. Já é sabido que seu uso promove incrementos na produtividade, maior controle no espaçamento e garante de menor incidência de patologias agrícolas. Por essa razão, cada vez mais instituições e empresas produzem esse material para comercialização.
No país existem aproximadamente 10 biofábricas produzindo a muda, porém oito detém quase 90% da produção, como afirma o presidente interino da Associação Brasileira de Biofábricas, Clayton Debiasi. A região Sudeste possui 83% da biofábricas, a maioria está concentrada no estado de São Paulo, que também é o principal produtor de cana-de-açúcar do país.
A maioria das biofábricas provém do setor privado, representando 67% do total nacional. Existem seis grandes empresas com expressiva representatividade na produção dessas mudas. Mesmo sendo minoria, o setor público possui forte produção e voz no setor. O Centro de Cana do IAC em Ribeirão Preto, SP, é pioneiro na tecnologia e o principal difusor das técnicas de produção no país. A produtividade de sua biofábrica pode alcançar 4 milhões de mudas por ano. Outra forte instituição pública é a Centene, localizada em Refice, PE. A instituição possui forte papel no desenvolvimento agrícola da região Nordeste, com oito casas de vegetação espalhadas pelo Estado e mais de quatro projetos para o desenvolvimento das mudas de cana-de-açúcar na região.
Durante a Agrishow desse ano, várias empresas trouxeram novidades relacionadas ao tema para feira. Transplantadoras que possibilitam o plantio em menor tempo, variedades adaptadas às condições climáticas nacionais e mudas que passam por tratamento químico antes de ir a campo para minimizar a ocorrência de pragas e doenças. Inovações que evidenciam a importância dessa nova tecnologia produtiva para o futuro do mercado canavieiro, que busca continuamente incrementos de produtividade nos campos.