A inclusão do coproduto na dieta pode melhorar a produtividade, a qualidade do leite e otimizar o perfil nutricional das rações. Com o objetivo de otimizar custos e aumentar a eficiência na pecuária leiteira, o setor tem buscado alternativas para otimizar a formulação de dietas.
Entre as opções avaliadas, destaca-se o Grão Seco de Destilaria com Solúveis (DDGS), coproduto obtido a partir da destilação do milho, que vem ganhando espaço por apresentar vantagens tanto técnicas quanto econômicas.
Estudos conduzidos pelo professor doutor Marcos Neves Pereira, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com vacas holandesas em lactação, indicam que o uso do DDGS produzido pela Inpasa contribui para o aumento da produtividade e melhora na composição do leite.
No total, foram analisados os resultados de 20 animais, com produção média de 37,6 kg de leite por dia.
“Nos nossos experimentos, observamos ganhos expressivos no consumo de matéria seca e na produção de sólidos ao utilizar o coproduto no lugar do farelo de soja”, afirma o pesquisador.
A substituição é feita de maneira isoproteica, ou seja, mantendo-se o teor proteico total na dieta.
Entretanto, como os perfis de aminoácidos do DDGS e do farelo de soja são distintos, a combinação das duas fontes se mostrou uma abordagem eficiente.
“O Grão Seco de Destilaria com Solúveis é naturalmente mais rico em metionina e leucina, enquanto o farelo de soja apresenta maior concentração de lisina e isoleucina. Ao unir essas duas matérias-primas, conseguimos atender de forma mais completa às exigências nutricionais das vacas leiteiras”, complementa Pereira.
Durante os testes, o coproduto foi incluído em proporções que variaram de 0% a 15% da matéria seca, substituindo parcialmente o farelo de soja e a casca de soja nas formulações.
Os resultados mostraram um acréscimo de 1,4 kg de leite corrigido para energia por vaca por dia. Além disso, a produção de sólidos aumentou de 4,62 kg para 4,77 kg por dia, refletindo uma melhora qualitativa no leite.
Benefícios do DDGS na Alimentação de Vacas Leiteiras
Esses resultados não apenas comprovam o potencial do ingrediente em elevar o desempenho produtivo, mas também evidenciam sua relevância para uma nutrição mais eficiente e sustentável dos rebanhos.
“Com base nas pesquisas que nós realizamos conseguimos comprovar que o DDGS da Inpasa é um ingrediente tão bom ou melhor para substituir o farelo de soja. A nossa expectativa é tornar o produto mais competitivo, provando a eficácia dele, com pesquisas cientificas realizadas por pesquisadores renomados que comprovam a qualidade e os resultados”, destaca Rasiel Restelatto, consultor técnico comercial da Inpasa.
A pesquisa está em consonância com diretrizes internacionais, como as do National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine (NASEM), que defendem o uso de blends proteicos (combinação de diferentes fontes proteicas) como uma estratégia para melhorar o desempenho de vacas de alta produção.
Segundo o NASEM, a substituição parcial de insumos tradicionais por ingredientes como o DDGS pode representar ganhos produtivos e redução de custos.
Resultados Otimizados com a Utilização de DDGS
Nos estudos da UFLA, os melhores resultados (sólidos e produção de leite) foram observados quando o ingrediente foi incorporado na faixa de 5% a 10% da matéria seca total, alcançando o equilíbrio ideal entre custo da ração e retorno zootécnico.
Essa proporção foi associada a melhorias significativas na produção de leite e na qualidade final do produto, principalmente em relação ao teor de proteína.
“Sob a ótica econômica, o coproduto da Inpasa mostrou-se altamente competitivo. Isso significa economia e eficiência para o pecuarista, ao mesmo tempo em que se oferece ao rebanho um alimento de alto valor nutricional”, destaca Restelatto.
Qualidade e Segurança do DDGS Inpasa
Além dos benefícios técnicos e econômicos, o DDGS da Inpasa é reconhecido pela sua qualidade, resultado de um rígido controle de processos. O ingrediente conta com certificações como Halal, Kosher, ABEA, RenovaBio e ISO 9001, que atestam a conformidade com padrões internacionais de segurança e rastreabilidade.