A manutenção automotiva pode ser usada como uma estratégia para redução de custos na produção de etanol, açúcar, energia e seus subpro- dutos. Os orçamentos nesta área, no segmento, representam cerca de 8% a 15% da ROL (Receita Operacional Líquida) de uma unidade e podem ter índices maiores, caso a área não receba uma atenção especial.
Segundo Dário Wilian Sodré, diretor da D2G Consultoria e especialista nesta questão, em média, os gastos com manutenção automotiva numa usina, giram em torno de R$ 14,00 a R$ 16,00 por tonelada de cana própria produzida, para as empresas que tem ao redor de 90% de primarização ou verticalização de sua manutenção. Embora existem usinas, atualmente, com indicadores muito acima disso, fato que impacta significativamente os custos do produto.
Portanto, a boa gestão da manutenção automotiva reflete no desempenho das indústrias, influenciando nos indicadores previstos, já que sem garantia de disponibilidade dos equipamentos, não é possível realizar as operações agrícolas dentro dos prazos planejados, com isso, é necessário a contratação de recursos extras de maneira desordenada, sem nenhum planejamento, elevando muito os custos de manutenção e de produção.
Para garantir um resultado satisfa- tório, com mais qualidade e agilidade nas oficinas, é possível fazer a manu- tenção automotiva e a manutenção preventiva.
Mas afinal, qual a diferença entre as duas? Sodré explica que a manu- tenção preventiva é uma intervenção prevista, preparada e programada an- tes da data possível do surgimento de uma falha, normalmente estruturada na manutenção TBM (Time Based Maintenance).
Já a manutenção preditiva é uma metodologia, CBM (Condition Based Maintenance), conhecida como uma técnica de manutenção com base no estado do equipamento. A manutenção preditiva faz o acompanhamento periódico das máquinas, baseando- -se na análise de dados coletados por meio de monitoramentos ou inspeções em campo.