A produtividade canavieira média de 74,6 toneladas de cana por hectare (TCH), registrada em 2022, pode chegar a 149,3% TCH em 2042.
Como?
- Com a adoção de novas variedades genéticas
- Biotecnologia
- Plantio com sementes e
- melhorias no manejo agrícola.
Detalhe: essa intensificação ocorre sem expansão da área cultivada, otimizando o uso das terras.
Nesse contexto, a produção total de cana-de-açúcar atingiria 1,059 bilhão de
toneladas em 2042, consolidando o papel estratégico do setor na oferta de energia renovável e sustentável.
Esse cenário em que a produtividade média do TCH é dobrada integra o estudo “Impacto das Novas Tecnologias para Aumento de Produtividade no Potencial de Mitigação de GEE pela Cana-de-Açúcar até 2042”.
O estudo é do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com apoio do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).
NO CANABIO
Parte das informações do estudo foi apresentada no CANABIO 25 por Henrique Mattosinho D’Avila, Gerente de Desenvolvimento de Mercado no CTC.
A palestra de D’Ávilla no CANABIO 25 foi sobre o tema “Aumentando a Produtividade e Sustentabilidade do Canavial: Soluções Inovadoras do CTC”.
Ganho de eficiência e produtividade
Ganho de eficiência, além da produtividade canavieira
Conforme o estudo, a adoção dessas tecnologias representa ganhos de eficiência agrícola e industrial, reduzindo o consumo de insumos e aumentando a conversão de biomassa em bioenergia.
Na etapa agrícola, o estudo indica uma redução no uso de insumos por unidade de produto, incluindo queda de 18,2% no consumo de diesel e de 19,4% no uso de fertilizantes nitrogenados.
Esses ganhos refletem avanços na mecanização, no uso racional de insumos e na adoção de práticas agrícolas mais eficientes.
Avanços no âmbito industrial
No âmbito industrial, a maior concentração de açúcares na cana e aprimoramentos nos
processos de fermentação e destilação elevam o rendimento do etanol hidratado de 82,9 L/t para 88,1 L/t de cana (+6,3%).
Essas melhorias resultam em impactos ambientais positivos, principalmente no potencial de
redução da intensidade de carbono do etanol, que cai de 22,2 gCO₂/MJ para 18,5 gCO₂/MJ
(-16,7%).
Além disso, o potencial de emissões evitadas cresce significativamente, passando de 77,8
milhões tCO₂/ano no cenário de referência para 178,6 milhões tCO₂/ano no ano 2042, um aumento de 129%.
Clique aqui para acessar o estudo na íntegra