Durante o painel “Mudanças Climáticas, Perspectivas para o futuro e os impactos sobre a agroeconomia brasileira”, do 13º Congresso Andav, realizado entre os dias 6 e 8 de agosto, na capital paulista,.foi discutido o atual cenário de neutralidade climática, com previsões que apontam para a possível ocorrência de um fenômeno La Niña de fraca intensidade e curta duração.
Segundo Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista e sócio-diretor da Rural Clima, não há sinais de problemas climáticos significativos para a região Sul do Brasil. No entanto, ele destacou que a safra 2024/2025 será influenciada pelo La Niña, com seu início previsto para setembro e outubro. O período mais seco, que se estende até o início de setembro, pode complicar o início do plantio, com as chuvas demorando mais do que o usual para se regularizarem.
Além das questões climáticas, os produtores rurais do Rio Grande do Sul também enfrentam desafios financeiros decorrentes das enchentes ocorridas em maio. Em resposta, o governo federal publicou a Medida Provisória 247, que visa oferecer apoio financeiro a esses produtores. No entanto, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), criticou o alcance limitado da medida.
Ele argumenta que a MP 247 foca apenas em oferecer descontos em parcelas, deixando de fora aspectos cruciais como a renegociação de financiamentos e dívidas. A medida abrange produtores rurais que contrataram crédito rural com recursos controlados, cujas parcelas vencem entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024, desde que o contrato tenha sido assinado até 15 de abril de 2024, e os recursos liberados antes de 1º de maio do mesmo ano.