Qual sua avaliação até o momento sobre a safra?
Temos dois cenários. Nas regiões de Goiás e Paraná, não tivemos problemas e a produção deve se manter ou até aumentar. Mas os canaviais paulistas foram muito afetados pela seca de dezembro, janeiro e fevereiro. Não chover nesta época que estamos é normal, o problema foi lá atrás. Os reflexos também serão sentidos na próxima safra.
A planta de etanol celulósico da Raízen, ficará pronta ainda em 2014?
Mantemos a previsão inicial que era operar no segundo semestre deste ano. É tudo muito novo e são muitos obstáculos que precisamos remover. Mas estamos confiantes neste projeto.
Em termos de tecnologia, o que falta para o setor deslanchar?
Vejo ainda que a área agrícola precisa evoluir. O manejo da cana mudou muito com a mecanização e extinção da queimada. Hoje a matéria-prima chega com mais impureza mineral, fibrosa e com mais palha. Estamos aprendendo a lidar com as novidades. São necessárias variedades de cana resistentes à seca, adaptáveis a regiões especificas. Se compararmos a cana com outras culturas, veremos que elas estão mais desenvolvidas. Sabemos que o cromossomo da cana é mais complexo e que aos poucos vamos evoluindo.
O que é preciso melhorar?
Investir em tecnologia, pessoas e marketing é fundamental. Esperar que a solução saia apenas com decisões políticas não adianta. Nós não sabemos divulgar nossas qualidades, e, diga-se, são muitas. Falar sobre as externalidades do etanol e de todos os subprodutos da cana é primordial.
A entrevista completa você acompanha na edição 249 do JornalCana.