
Existe hoje uma situação paradoxal no setor sucroenergético, pelo menos no estado de Alagoas, em relação ao uso da irrigação nos canaviais. Enquanto algumas unidades ampliam as áreas irrigadas e utilizam cada vez mais tecnologias eficientes – como gotejamento e pivôs –, outras usinas estão sucateando seus sistemas de irrigação, deixando de fazer manutenção, reforma ou mesmo a reposição de equipamentos, conforme revela o engenheiro agrônomo Cândido Carnaúba Mota, presidente da Stab Regional Leste, com sede em Maceió (AL).
O endividamento das empresas, a crise financeira e os preços muito baixos dos produtos do setor durante quatro ou cinco anos estão entre os motivos responsáveis por esse sucateamento da irrigação, segundo Cândido Mota. E essa situação vira uma “bola de neve” em relação à elevação de custos – afirma.
Quando deixa de irrigar e, consequentemente, registra redução de sua produtividade agrícola e da longevidade da lavoura, a usina aumenta o seu custo de produção por tonelada de cana. E, em decorrência dessa situação, disponibilizará menor quantidade de matéria-prima para a fabricação de açúcar e etanol, caso não amplie a sua área de cana, o que acarretará – de uma maneira ou de outra – uma elevação de gastos.
“Devido ao sucateamento do sistema em diversas unidades, hoje não sei precisar qual é o total da área de irrigação do estado”, admite o presidente da Stab Leste.
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