É viável produzir cana com irrigação diante a escassez de água?
Para responder a pergunta, o JornalCana ouviu os especialistas Fernando Braz Tangerino, professor da UNESP Ilha Solteira, Diretor da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e membro do Conselho do Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana (GIFC), Helvecio Saturnino, presidente do GIFC, e Marco Viana, diretor do GIFC.
Confira as respostas:
Fernando Tangerino: “A aceitação por parte dos controladores das usinas de quem devem priorizar seus investimentos em irrigação é o primeiro passo. Mas, mesmo quando isso acontece, não se consegue irrigar no curto prazo grandes extensões de terra dado ao volume de investimentos necessários e a divisão de prioridades. Portanto, um Plano Diretor de Irrigação deve indicar as melhores áreas a ser irrigadas, levando em consideração variedades e ambientes de produção e ainda disponibilidade e qualidade da água.
Marco Viana: “para se produzir cana irrigada devemos pensar a longo prazo, desta forma podemos fazer acumulação de água através de barramentos, por exemplo.”
Helvecio Saturnino lembra da experiencia exitosa em Goiás “que para a implantação e sustentação da agricultura irrigada através de pivôs centrais, investimentos consistentes foram feitos em barragens de terra, exaustivamente discutida pela ABID e divulgada na revista ITEM – Irrigação e Tecnologia Moderna.”
Avaliação geral: A irrigação deve integrar projetos de médio e longo prazo, segundo especialistas deve-se ter um bom planejamento para se garantir a segurança hídrica dos canaviais.