Uma pesquisa do Instituto Agronômico (IAC) revelou que a cigarrinha das raízes, principal vetor da escaldadura das folhas da cana-de-açúcar, pode reduzir a produtividade das lavouras em até 80%.
Com o setor já enfrentando problemas devido a queimadas, é importante que os produtores tomem medidas para proteger suas plantações.
Quem é: a cigarrinha, conhecida cientificamente como Mahanarva fimbriolata, se alimenta da seiva das plantas e pode transmitir a bactéria Xanthomonas.
Isso complica o controle da doença, especialmente em um cenário de mudanças climáticas que afetam as práticas agrícolas.
Risco de propagação
Bruno Fazolo, Gerente Técnico da Nitro, multinacional de insumos agrícolas, destaca que a cigarrinha causa danos diretos às plantas e pode propagar a bactéria, reduzindo a produtividade.
As mudanças climáticas também estão alterando o comportamento do inseto, que agora se instala em novas áreas, dificultando ainda mais o controle.
Plantas murchas
Os sintomas da escaldadura incluem folhas esbranquiçadas e plantas murchas, que podem ser confundidas com outras condições.
A confirmação da doença requer testes laboratoriais no meristema das plantas.
Para combater a praga, a adoção de manejo integrado, incluindo o uso de biológicos, é essencial.
A inoculação de Metarhizium no canavial pode melhorar a saúde das plantas e ajudar no controle da cigarrinha.
O monitoramento constante das lavouras e testes de detecção precoce são fundamentais para proteger as plantações de cana-de-açúcar e garantir a sustentabilidade da cultura.
O uso dessas práticas é importante para maximizar a produtividade e proteger esse setor da agricultura brasileira.