Cana-de-açúcar

Produtor de cana ganha nova ferramenta para o controle de Mamona e Mucuna

Produto é seletivo à cultura e pode ser utilizado em qualquer período do ano

Produtor de cana ganha nova ferramenta para o controle de Mamona e Mucuna

A Corteva Agriscience apresentou para a imprensa, nesta terça-feira (21), uma nova solução para o manejo das principais plantas daninhas de folhas largas e de difícil controle, que impactam a produtividade e a rentabilidade do canavial: Mamona (Ricinus communis) e Mucuna (Mucuna pruriens).

O herbicida pré-emergente linear é altamente seletivo à cultura, tem máxima eficiência no período úmido, controle, em pós-emergência e pode ser utilizado em qualquer período do ano, em cana planta ou soca. Sua formulação conta com três moléculas, entre elas uma inédita na cana-de-açúcar.

Os canaviais com a presença dessas plantas vêm aumentando nos últimos anos e a preocupação dos produtores também. Segundo a Consultoria Kynetec, em 2020, eram 1.34 milhão de hectares de cana-de-açúcar no país com a presença de Mamona e Mucuna. Em 2023, o indice subiu para 1.92 milhão de hectares.

A Mamona, além de interferir na produtividade, impacta na colheita, por se transformar em arbusto. Além disso, as sementes podem ser lançadas a longas distâncias, o que colabora com a sua disseminação no canavial. Já a Mucuna possui o hábito de se entrelaçar nas plantas e acaba subindo como uma trepadeira, atrapalhando o desenvolvimento da cultura e impedindo muitas vezes a colheita da cana.

“Mamona e Mucuna reduzem eficiência máquinas, podendo provocar o que chamamos de embuchamento das colhedoras, ou seja, uma queda e/ou parada inesperada. As sementes das invasoras também são levadas pelas máquinas para outras áreas, provocando novas infestações. Outro ponto, são as impurezas levadas para a indústria junto com a cana. Tudo isso gera a perda de produtividade e rentabilidade ao produtor”, explicou Tainá Sipos, Líder de Marketing de Cana da Corteva, na coletiva de imprensa, realizada em Ribeirão Preto – SP.

Atualmente, os herbicidas disponíveis no mercado para plantas daninhas de folhas largas não oferecem um controle efetivo em pré-emergência para Mamona e Mucuna. Em cana-planta, ele é paliativo em época úmida com necessidade de reforço no pós-emergência e/ou no nivelamento (quebra-lombo). Outro ponto, é que as aplicações podem causar fitotoxidade no canavial. Já em cana-soca, as ferramentas disponíveis só são aplicadas no período seco por não serem totalmente seletivos à cultura.

Lucas Perim, gerente de Marketing Regional – Cana-de-açúcar / Field Marketing Manager na Corteva Agriscience, informou que foram cinco anos de pesquisa e desenvolvimento do produto, com testes em vários estados do Brasil, que sofrem com as plantas daninhas de folhas larga na cultura da cana-de-açúcar. Esses estudos foram conduzidos pela equipe da Corteva e os principais consultores e professores especialistas no assunto no último ano. Além do registro para aplicação tratorizada, também pode ser aplicado via drone ou aeronaves de Manejo integrado com outros herbicidas

De acordo com ele, nos testes em pré-emergência, o manejo de Linear® associado a outros produtos da empresa, como o Coat®, atingiu 95% de controle em Mamona, 30 dias após a aplicação, na comparação com outras aplicações de herbicidas. O estudo foi realizado em uma área de Santo Antônio da Barra, em Goiás. O mesmo tratamento em Mucuna, atingiu eficiência de 99%, em um canavial de Ribeirão Preto – SP.

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