Agricultura vai ser a tônica de Cancún

O sucesso da conferência interministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que acontece em Cancún (México), nos próximos dias, vai depender dos avanços na área agrícola, segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O ministro afirmou que o Brasil não vai baixar o nível de ambição, mesmo que seja necessário alargar os prazos. Ele garantiu que o País vai insistir no fim dos subsídios norte americanos e europeus às exportações. Celso Amorim também anunciou que o Brasil fez uma aliança com países agrícolas exportadores e que estão em desenvolvimento, como a China e a Índia, para pressionar a OMC pelo fim dos subsídios.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, também disse que os pontos que o Brasil defenderá serão a eliminação de subsídios à exportação, acesso das nações em desenvolvimento ao mercado dos países mais ricos e redução substancial de subsídios à produção e ao consumo. O ministro ressaltou que o Brasil levará à OMC pela primeira vez uma proposta alternativa do chamado Grupo dos 20, que reúne os países que representam 50% da população mundial, incluindo China e Índia.