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Agricultura e energia

Conseguindo os responsáveis pelas exportações brasileiras e os produtores uma modalidade que supere os descompassos entre os preços externos e os do mercado interno, reduzindo o risco de desabastecimento, a agricultura voltada para a produção de biodiesel, à exemplo do que acontece com o Próálcool, abre notáveis perspectivas para a economia, com ênfase para a geração de empregos.

Aumentos e (ou) redução de preços, de acordo com o fluxo de exportações e importações, ocorrem com freqüência, principalmente depois do incremento das relações comerciais entre as diversas nações. Exemplos desse quadro são as flutuações nos preços das carnes bovina e de frango, no mercado interno brasileiro, quando surgem informações de doenças nos criatórios.

Com a tendência da quase totalidade dos países de reduzir a poluição e adotar alternativas para os derivados do petróleo – também pelos altos preços que o denominado ouro negro registra, nos últimos tempos – é compreensível que o biodiesel, como já acontece com o álcool, atinja altos preços nas cotações internacionais.

Alcançar uma fórmula que salvaguarde os interesses do consumidor interno, evitando o desabastecimento, é tarefa que se impõe e que exige dos que governam e dos produtores determinação e habilidade.

Feito isso, estará aberto o caminho para um fortalecimento ainda maior da agricultura brasileira voltada para a produção de energéticos, pois nenhuma nação do mundo dispõe, como nós, de amplitude territorial e clima indispensáveis para essa empreitada de grande porte.

Em Alagoas, o cultivo de mamona nas primeiras 45 unidades demonstrativas e uma série de outras medidas estão sendo adotadas, tendo como objetivo a consolidação do Programa do Biodiesel. Tanto é assim que os contratos de compra da matéria-prima (mamona) já estão sendo elaborados. Água Branca, Canapi, Palmeira dos Índios, Arapiraca, Maribondo, Ibateguara e Mar Vermelho estão cultivando a mamona, estimulados pela seleção inicial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O Decreto nº 3.261, de junho de 2006, e um acordo de cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento Econômico (BID) abriram caminho para a fase atual.

A existência de uma sementeira com certificação oficial facilita o trabalho dos agricultores para se consolidarem num ramo que para muitos deles é novo.

Consolidado o programa do Biodiesel, essa cultura tem todas as condições para se multiplicar, transformando-se em fator de crescimento econômico e desenvolvimento, com ênfase à geração de empregos.

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