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Agricultura de inanição

No meio do debate sobre as dificuldade de gestão financeira do Movimento dos Sem-Terra, na Zona da Mata de Pernambuco, onde estão 70% de todas as ocupações e assentamentos do Estado, existe um dado sobre o peso que isso representa na economia rural de Pernambuco e do quanto se deixa de produzir pela falta de uso da terra. Seja num programa mais eficiente de agricultura familiar seja em produção de cana-de-açúcar.

O Sindaçúcar fez um pequeno levantamento sobre a quantidade de terras que já produziu cana-de-açúcar e hoje está na mão dos movimento sociais e estima que, aproximadamente, 120 mil hectares de canaviais foram retirados da área de produção das usinas de Pernambuco nos últimos 10 anos. Se fossem devolvidos à cultura poderiam gerar 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, obtendo um faturamento de R$ 230 milhões/ano safra.

Naturalmente, é inimaginável que essas terras, hoje nas mãos dos 14 movimentos sociais que disputam o espaço na Zona da Mata em Pernambuco, sejam novamente destinadas à produção de cana-de-açúcar (no caso do MST, o movimento veta a proposta de plantá-la nos seus assentamentos). Mas serve de referência para medir o desafio econômico-financeiro que os assentamentos têm quando optam por lavouras de subsistência, alternativa ou outras culturas.

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