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Agricultor da UE quer corte na produção

Assis Moreira

A União Européia e seus produtores de açúcar entraram em mais uma rota de colisão, desta vez por causa da obrigação de se produzir além do necessário. O comitê gestor do açúcar na UE deve confirmar hoje uma redução temporária de 2 milhões de toneladas na produção de açúcar nesta safra, alegando que o continente já tem muito estoque. Isso significaria corte de 12% da cota do produto.

Os produtores, através de comunicados da Confederação Internacional de Produtores de Beterraba da Europa (Cibe) e do Comitê Europeu de Fabricantes de Açúcar (Cefs), apóiam a medida. Mas pedem para que ela seja mantida definitivamente. “É incompreensível, mas somos obrigados a produzir de novo esse montante”, reclamou Jean-Louis Barjol, diretor da Cefs. “Quando mostramos como essa situação é ilógica, a Comissão Européia diz que nossa demanda não se enquadra no regulamento”.

Para os produtores, produzir dois milhões de toneladas sem mercado significa gastar inutilmente com estoque e ficar impedido de abandonar a produção – e, assim, receber indenização da UE justamente por ainda ter estoque.

Outro tema de confronto é que a UE pode exportar 1,3 milhão de toneladas por ano, mas os produtores não estão seguros de que isso ocorrerá. O montante é bem abaixo dos 6,5 milhões de exportação anterior a disputa ganha pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Temos o direito de exportar, mas precisamos de subsídios e isso não está garantido no orçamento”, diz Barjol. O preço interno do açúcar europeu é de US$ 823 este ano. Mas o produtor só consegue exportar pelo preço mundial, de US$ 337. A diferença é o subsídio que espera de Bruxelas.

http://www.valor.com.br/valoreconomico/285/agronegocios/179/Agricultor+da+UE++quer+corte+na+producao,,,179,4146356.html

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