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Agrenco e Marubeni investem em bioenergia

O Grupo Agrenco, multinacional com sede na Holanda, formou parceria com a japonesa Marubeni Corporation para investir na produção de biodiesel e geração de energia elétrica no Brasil. Os grupos também negociam parcerias para a construção de quatro usinas de etanol no país neste ano, disse Antonio Iafelice, fundador e presidente da Agrenco. “Estamos negociando com fundos e investidores coreanos uma parceria para dar início aos projetos com etanol e geração de energia”, afirmou.

De acordo com Iafelice, a negociação entre Agrenco e Marubeni para a formação da parceria durou cerca de um ano. “Já tínhamos parceria comercial com a Marubeni na área de soja”, lembrou. A Marubeni tem planos de investir 250 bilhões de ienes (US$ 2,085 bilhões) em dois anos em projetos de geração de energia limpa. Esse é o primeiro investimento do grupo japonês neste segmento no mundo. O executivo da Marubeni responsável pelo projeto não foi encontrado para comentar o assunto.

Pelo acordo, a Marubeni investiu US$ 40 milhões na empresa Agrenco Bioenergia, onde detém 33% de participação – os outros 67% são do Grupo Agrenco. A empresa tem capital de US$ 120 milhões e um investimento total de US$ 190 milhões em ativos fixos e capital de giro. Conforme Iafelice, a Agrenco Bioenergia construirá três complexos industriais, formados por três usinas de biodiesel, duas usinas de co-geração de energia elétrica e duas esmagadoras de soja – em Alto Araguaia (MT), Caarapó (MS) e Céu Azul (PR).

As três usinas de biodiesel – já anunciadas em setembro de 2006 – terão capacidade para produzir 380 mil toneladas de biodiesel por ano a partir de soja, que será comprada de produtores locais. Parte da produção, segundo Iafelice, será exportada para Europa e Ásia. “Uma empresa de ônibus de Tóquio vai testar o biodiesel em sua frota”, afirmou o executivo. Pelo acordo, a Marubeni terá direito de venda prioritária dos produtos da Agrenco originados na América do Sul para países da Ásia (exceto a China), África e Oriente Médio. Além do biodiesel, o grupo também deverá enviar à Ásia farelo de soja de alto valor protéico.

A energia elétrica será obtida a partir da queima do napier (capim-elefante). “É uma tecnologia já usada na Europa e tem valor energético maior que o eucalipto”, compara. Para tanto, a Agrenco vai plantar 10 mil hectares da cultura em Alto Araguaia e Caarapó. A energia gerada será usada no complexo industrial do grupo e, futuramente, comercializada. A previsão da Agrenco é iniciar os testes nos três complexos industriais até dezembro deste ano.

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