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África do Sul investe na produção de etanol de cana-de-açúcar

Seguindo exemplos do Brasil, a África do Sul está investindo para começar a produzir etanol de cana-de-açúcar. Uma missão empresarial sul-africana está essa semana no Brasil e participou de um encontro com autoridades nacionais nesta terça, dia 7, em São Paulo.

Zamo Gwala, executivo-chefe do Trade and Investment KwaZulu-Natal, uma agência de promoção de investimentos na África do Sul, conta que o interesse dos empresários de lá pela produção de etanol aumentou muito nos últimos anos. Das três empresas que produzem açúcar no país, duas já têm projetos nessa área. Também a instalação de uma usina de etanol já foi anunciada. O país quer produzir 400 milhões de litros de biocombustíveis por ano.

— Nós temos falado com várias empresas brasileiras que foram nos visitar para ver a qualidade da cana-de-açúcar que nós produzimos e eles nos dizem que nossa cana-de-açúcar é boa suficiente para começarmos a produzir etanol. Então isso é algo que estamos levando muito a sério e eu estou certo de que assim que a legislação para o etanol estiver concluída muitas empresas vão ter boas razões para começar — disse Gwala.

Popularizar a produção de álcool a partir da cana é uma das metas do governo brasileiro, que tem buscado maior aproximação com países produtores de açúcar. Dentro desta idéia, diversos encontros empresariais estão ocorrendo. Como o encontro que reuniu 37 empresas sul-africanas na capital paulista nesta segunda, dia 6, e terça-feira.

Os negócios entre Brasil e África do Sul cresceram muito nos últimos anos. O volume de exportações brasileiras para aquele país passou de US$ 300 milhões no ano 2000, para US$ 1,75 bilhão no ano passado. A quantidade que o Brasil importa da áfrica do sul também duplicou nesse período. Mas, ainda assim, quem está diretamente envolvido nessas negociações acredita que o crescimento ainda é tímido e que tem potencial para ser ampliado de forma significativa, principalmente no setor de agronegócio.

A carne de frango lidera a pauta brasileira de exportações para a áfrica do sul. Outros produtos do agronegócio, como açúcar, arroz e fumo também estão entre os dez mais embarcados. Nas importações, se destacam os insumos agrícolas como herbicidas, fungicidas e sementes.

Entretanto, para o cônsul da África do Sul em São Paulo, Yusuf Omar, a troca de produtos entre os dois países ainda é insignificante perto do potencial de ambos para a produção de alimentos.

— Na minha opinião, a África do Sul e o Brasil ainda não perceberam o potencial por várias razões. Primeiramente nos acordos bilaterais é uma área que temos que focar. Tem outra questão que é o fato de um país não ter conhecimento da capacidade que o outro tem e a única forma de conseguirmos isso é através de encontros como esse que temos hoje — concluiu Omar.

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