JornalCana

Adulteração do álcool passa de 16%

A adulteração do álcool combustível subiu no período de agosto a outubro na região de Araraquara. Dados do Programa de Monitoramento dos Combustíveis (PMC) da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que de 18 amostras de álcool analisadas nesse período, 16,7 % estavam em desacordo com as especificações em vigor. No levantamento anterior havia 11% de adulteração.

Em contrapartida, o PMC, realizado em parceria com o Instituto de Química da Unesp de Araraquara – que coleta e analisa as amostras na região – aponta para uma redução do nível de fraudes na gasolina e no óleo diesel. Das 120 amostras de gasolina analisadas pelo IQ entre agosto e outubro, 10% apresentaram adulterações, enquanto apenas uma amostra de 36 coletadas de óleo diesel estava em desacordo com as normas técnicas, o que corresponde a 2,8% do total.

Do total de amostras analisadas da gasolina e consideradas impróprias para a venda, 44% apresentavam problemas de destilação, enquanto 38% tinham problemas de octanagem, 12% apresentavam variações no álcool anidro e 6% registravam outros desvios de padrão. No óleo diesel o álcool foi problema em 43% das amostras, seguido da destilação com 46% e da octanagem que atingiu 11% das irregularidades. No caso do álcool hidratado, o teor alcoólico foi considerado impróprio em 22% das amostras irregulares, enquanto 12% indicavam problemas de condutividade. A maior causa de desaprovação do álcool foi o pH, que estava em desacordo com as normas em 61% das amostras.

A região de Araraquara (R-22) é composta, além do município sede, pelas cidades de Bariri, Boa Esperança do Sul, Gavião Peixoto, Itaju, Tapui, Jaú, Macatuba e Trabiju. Os índices apurados pelo Instituto de Química nessas cidades são semelhantes aos divulgados pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que pesquisa a qualidade dos combustíveis na região de São Carlos (R-40). Os dados do PMC da ANP mostram que na R-40 o índice de adulteração da gasolina ficou em 9,7% de um total de 113 amostras coletadas, enquanto o do diesel atingiu 2,9%, uma amostra em desconformidade de global de 35 analisadas. Já o álcool apresentou exatamente o mesmo índice de Araraquara, 16,7% para o mesmo número de amostras, 18. (Tribuna Impressa)

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram