Usina não descarta a possibilidade de num futuro próximo implantar um Centro Operacional Integrado (COI)
“A usina tem feito investimentos em sistemas de controle de processos e compartilhamento de informações na ausência do Centro Operacional Integrado (COI)”, afirmou Fuvio Fiorin, gerente de produção da usina Estiva, localizada em Novo Horizonte, interior de São Paulo.
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Segundo o gerente de produção um dos sistemas que a usina investiu recentemente foi na implantação de um software de simulação e otimização em tempo real. “Em uma safra aumentamos em 6% a exportação de energia e geramos um lucro de mais de 2 milhões de reais”, acrescentou Fiorin.
Nossa usina produzia cerca de 521,5 MW de energia por dia e após a implantação do S-PAA passamos a produzir 551,00 MW, um aumento de 29,5 MW diários de energia”, completou o gerente de produção.
A usina Estiva não descarta a possibilidade de num futuro próximo implantar um COI e explicaram que atualmente a interação entre as áreas são feitas de outras formas. “Cada setor possui um supervisório e a comunicação é feita via rádio e sistemas integrados”, explicou Fiorin.
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“A vantagem do COI é ter as áreas centralizadas e a integração técnica dos setores’, elogiou Fiorin. “Nosso desafio é aperfeiçoar a comunicação à distância”, ressaltou.
O que é o Centro Operacional Integrado (COI)?
O Centro Operacional Integrado (COI) é um local físico onde são reunidas equipes operacionais de uma usina: (i) Extração; (ii) Tratamento do Caldo; (iii) Fábrica de Açúcar; (iv) Fábrica de Álcool; (v) Caldeiras e Tratamento de Água; (vi) Geração de Energia e equipamentos.
A visão de Centro Operacional Integrado (COI) nasceu há pelo menos 20 anos no mercado internacional e na última década tem passado por reformulações e crescimento no mercado nacional. Antes de ser implantado no setor sucroenergético, o COI era muito comum no mercado de gás e óleos.
Aspectos positivos e negativos do Centro Operacional integrado (COI)
A centralização ou a descentralização das informações tem seus aspectos positivos e negativos em diversos tipos de atividades. No caso do Centro Operações Industriais (COI), pesam contra a centralização os custos referentes ao recabeamento, arquiteturas específicas para garantir a operação 7 dias por semana, 24 horas por dia, o sistema para integração de ambientes heterogêneos, supervisórios e os equipamentos auxiliares.
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As principais vantagens do Centro Operacional Integrado
• Aumenta a eficiência e a rapidez na tomada de decisões;
• Diminui os tempos de paradas e manutenções de processo;
• Otimiza o processo de fabricação;
• Redução de custo e segurança operacional;
• Aumenta a produtividade dos operadores;
• Permite explorar a flexibilidade das instalações de processo;
• Aumenta a disponibilidade do sistema de automação;
• Reduz o tempo de configuração de Engenharia;
• Sincronização automática dos dados;
• Redução no tempo de detecção e eliminação de falhas;
• Integração entre os operadores de diferentes setores;
Muitos dos benefícios do COI estão relacionados a integração entre operadores, o que possibilitaria um melhor entendimento do processo como um todo e uma agilidade na tomada de decisões, visando uma redução no custo operacional e elevação no ganho e na eficiência.
Com o COI as informações dos diversos setores encontram-se disponíveis num mesmo ambiente, permitindo que as decisões possam ser tomadas considerando a usina como um todo. Como tendência, a empresa passa a se estruturar de forma vertical, com surgimento de um líder de COI, que será o “maestro” de cada uma das partes da Usina, para que todos se direcionem para a melhoria do desempenho da Usina e atinjam um objetivo comum, que é aumento do LUCRO NO PROCESSAMENTO COMO UM TODO.