Com desfibrador extrapesado que substitui sistema convencional –, usina de
João Pinheiro obtém índice de preparo de até 92%
Inovações tecnológicas nos sistemas de recepção, preparo da matéria-prima e extração do caldo estão proporcionando ganhos financeiros e de eficiência que chegam a ser surpreendentes em diversos casos.
A utilização do desfibrador extrapesado no preparo – que substitui o sistema
convencional com picador –, da camisa de alta drenagem em moendas e do software SPAA são algumas soluções que estão gerando diversos benefícios para unidades industriais de usinas e destilarias.
Além disso, algumas medidas para o aperfeiçoamento dos sistemas de limpeza de
cana têm melhorado a qualidade da matériaprima que está sendo transportada para a
indústria, junto com maior quantidade de impurezas minerais e vegetais, devido à
mecanização da colheita.
Um case de sucesso relacionado à recepção, preparo e extração, apesar dos
recentes aprimoramentos e modificações ao sistema, é o da Bevap Bioenergia, de João Pinheiro, MG, que tem adotado algumas tecnologias e procedimentos avançados, de elevada eficiência.
No processo de preparo da matériaprima para extração, por exemplo, essa usina conta com desfibrador extrapesado com potência instalada de 6.500 cv – informa Fernando Cesar Calsoni, gerente da Divisão Industrial da Bevap. “Alcançamos até 92% de IP – Índice de Preparo, o que para o difusor é muito importante em função da extração”, afirma.
A desativação de picadores no preparo, em decorrência da nova configuração dessa
etapa do processo, possibilitou redução do consumo de energia e do custo de manutenção. O sistema de extração dessa unidade sucroenergética de João Pinheiro é composto por um difusor para 12.000 toneladas de cana por dia, com um pré-max e um terno de secagem de 90 polegadas após o difusor – detalha – para enquadramento da umidade do bagaço, que registra atualmente uma
média de 48,5%.