Fontes do setor do agronegócio com acesso ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmaram ao Portal JornalCana quanto será o aumento dos juros de financiamentos do Plano Safra 2015.
As taxas de juros deverão sofrer reajuste entre 2% e 2,5%, afirmam as fontes. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tem afirmado em entrevistas que trabalha para que a taxa de juros das operações de custeio fiquem em 8,5% ao ano.
O anúncio do Plano Safra 2015/16 está marcado para 03 de junho no Palácio do Planalto. A data inicial seria 19 de maio, mas, conforme apurado pelo JornalCana, a prorrogação se deu pelos ajustes fiscais em fase de implementação no país, que também irão afetar o crédito do Plano Safra.
Oficialmente, a prorrogação da data foi uma série de compromissos assumidos pela presidenta Dilma Rousseff e pela ministra Kátia Abreu.
A previsão de recursos do Plano Safra 15/16 é de R$ 176 bilhões, volume R$ 20 bilhões acima do período anterior. O Ministério da Agricultura, no entanto, pretende que R$ 90 bilhões desse montante sejam operados com juros subsidiados (com os 2,5% de alta).
Mas há previsão de que todo o volume financeiro do próximo Plano Safra seja por meio de crédito com juros livres. Nesse caso, o custo do financiamento ficará mais alto devido às altas da Selic e da menor disponibilidade de recursos, uma vez que 64% do crédito rural são bancados pela caderneta de poupança e por depósitos à vista, que têm registrado queda de captação neste ano.
Contratação
Segundo o Ministério da Agricultura, a contratação de recursos do crédito rural para a agricultura empresarial, destinados às operações de custeio, investimento e comercialização, alcançaram R$ 127 bilhões, de julho de 2014 a abril deste ano, o que corresponde a 81% do total programado para a safra 2014/2015, de R$ 156,058 bilhões.
Para custeio e comercialização foram programados, para a safra 2014/2015, R$ 111,9 bilhões. Do total, R$ 92 bilhões (82,3%) foram aplicados no período. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados, foram contratados R$ 34,8 bilhões, o que corresponde a 79% do total.