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Safra 18/19 no Centro-Sul deve terminar com quebra de 10 milhões de toneladas de cana, prevê a Unica

Safra 19/20 novamente será mais alcooleira

Safra 18/19 no Centro-Sul deve terminar com quebra de 10 milhões de toneladas de cana, prevê a Unica

A moagem da cana-de-açúcar nas unidades da região Centro-Sul do país deve totalizar em 570 milhões de toneladas na safra 2018/19.

Se confirmado, o volume representará quebra de 10 milhões de toneladas ante a safra 17/18, que totalizou, conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), 580 milhões de toneladas.

No acumulado até 16/12, as unidades do Centro-Sul chegaram a 556 milhões de toneladas de cana. Segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor agrícola da Unica, outras 10 milhões de toneladas deverão ser processadas entre janeiro a fim de março.

Segundo ele, no mesmo período da safra 17/18 foram processadas 13 milhões de toneladas de cana.

As informações foram apresentadas durante coletiva na sede da Unica na manhã desta quinta-feira (20/11), na capital paulista.

Padua também lembrou que nenhuma unidade produtora do Centro-Sul deve seguir em moagem. “Na segunda quinzena de dezembro entre 50 a 60 unidades processaram cana, mas com previsão de término até no Natal”, explicou.

Conforme o diretor da Unica, a média de ATR deve ficar em 138,70 quilos, ante 137,32 da 17/18.

“A maior produção de etanol hidratado ampliou o volume de ATR porque o processo fermentativo foi mais eficiente”, comentou Padua. “Quando a usina prioriza produção de etanol, trabalha com caldo mais rico e, assim, faz mais produto por quilo de ATR.”

De cada tonelada de cana processada, disse, fez-se 61,5 quilos de açúcar e 42,6 litros de etanol na 17/18. Já na 18/19, chegou-se a 53,4 litros e 47 quilos de açúcar pela tonelada.

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Padua disse que, assim como fez em 2018, a Unica não deverá fazer projeções para a safra 19/20. “Vamos seguir acompanhando o andamento da safra quinzenalmente, com informações de entidades, de unidades e de nossa parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)”, disse.

Ele lembrou, no entanto, que previsão do CTC, feita na coletiva, haverá maior plantio de cana de ano e meio, o que pode reduzir a oferta de cana para moagem na 19/20. “A queda pode ficar em 2% por conta desse maior plantio, embora haverá maior ganho produtivo.”

Padua também lembrou que a 19/20 novamente deverá ser uma safra mais alcooleira, assim como a 18/19. “Não há cenário de recuperação de preços do açúcar para ampliar o aumento da oferta”, disse.