Com o intuito de comemorar o primeiro aniversário do Acordo Ambiental de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) realizou nesta terça-feira (17), live com o tema “Acordo Ambiental São Paulo e os esforços de cada entidade para participar da redução voluntária de emissões de gases de efeito estufa no estado”.
A reunião foi conduzida por Josilene Ferrer, da Cetesb, e contou com a participação de Cristiane Cortez, assessora técnica da FecomercioSP, Camila Ramos, vice-presidente de financiamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), João Cesar Rando, CEO do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), Adalberto Maluf, Presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Evandro Gussi, presidente da União da Indústria da Cana-de-açúcar (UNICA), e Renata Camargo, coordenadora jurídica e de sustentabilidade, também da UNICA.
Durante o evento, Gussi, que preside a Câmara Paulista de Mudanças Climáticas, comentou a importância de aliar desenvolvimento à sustentabilidade. “Está cada dia mais claro que desenvolvimento só pode ser compreendido em sua acepção mais completa quando pressupõe também aspectos sustentáveis. O Acordo de São Paulo é, sem dúvida, uma grande resposta que o Brasil, a partir do estado de São Paulo, oferece a sua sociedade e a sociedade internacional”, afirmou.
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Para Cortez, um dos pontos chave do Acordo é a participação de empresas de vários segmentos. “Todas têm sua parcela de cooperação nas emissões dos gases de efeito estufa. As empresas precisam entender o papel delas na sociedade e verificar como podem participar na criação desse mundo melhor”, disse.
Camila Ramos apontou que a ABSOLAR tem como meta um futuro mais verde, e que a sustentabilidade deve ser parte central dos debates sobre desenvolvimento. “O desenvolvimento deve sim viver casado com a sustentabilidade e iniciativas como a de São Paulo e de outros estados trabalham em conjunto com as metas nacionais para redução de emissões”, comentou.
“A pandemia trouxe graves problemas e muitos desafios no mundo todo, mas se teve uma coisa positiva, foi que a maioria dos países do mundo, ao pensar no plano de reconstrução de suas economias, está levando em consideração as questões climáticas e ambientais”, relembrou Adalberto Maluf, da ABVE.
O CEO da inpEV, João Rando, aproveitou para explicar como funciona o processo da empresa. “Cada embalagem que produzimos aqui no Estado de São Paulo contribui para reduzir a emissão de 2,2 quilos de dióxido de carbono, e já colocamos mais de 60 milhões de embalagens no mercado. Então dá para se ter uma ideia do que isso representa. Todo esse trabalho repercute na melhoria do meio ambiente e no bem estar daqueles que residem em São Paulo”, afirmou.
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Renata Camargo citou o RenovaBio como um incentivo ao uso de biocombustíveis e como um reforço nas ambições do Acordo de São Paulo, de ajudar o país a cumprir as metas de redução de GEE em resposta ao Acordo de Paris. “Além das metas objetivas para a redução da emissão de CO2, tem outro benefício paralelo que vem da RenovaCalc. A quantidade de Cbios que cada produtor de biocombustível vai emitir varia de acordo com a eficiência energética de cada planta produtora, então o que o RenovaBio fez foi criar uma corrida muito saudável entre os produtores de biocombustível para que eles aumentem e melhorem sua eficiência, podendo emitir mais Cbios”, conta.
O presidente da UNICA também relembrou que todos os esforços para reduzir os efeitos climáticos são feitos em prol das pessoas. “Existem pessoas no fim dessa linha, que serão beneficiadas ou imensamente prejudicadas com as ações que nós iremos desempenhar. Quando falamos de mudanças climáticas, aquecimento global, e no nosso compromisso de reduzi-las, é sobre as pessoas e o bem viver delas que estamos falando”, concluiu.
Acordo de São Paulo
O Acordo Ambiental de São Paulo foi lançado em novembro de 2019, por intermédio das Secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente, Relações Internacionais e da CETESB, e já conta com 181 signatárias. A iniciativa tem como objetivo incentivar as empresas paulistas a assumirem compromissos voluntários de redução de emissão de gases de efeito estufa, a fim de conter o aquecimento global, sustentando o comprometimento do Governo do Estado de São Paulo e as metas estabelecidas no Acordo de Paris.