O reajuste de preços do óleo diesel nas refinarias, em vigor desde a zero hora de 21/o4, impacta diretamente nos custos das unidades produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade cuja moagem da cana-de-açúcar ocorre desde março último.
Segundo a Petrobras, o preço do diesel na refinaria sofreu alta de 4,3% em média. A estatal não relata, mas o preço final do derivado de petróleo chega em um reajuste de no mínimo 5%.
Com os 5% de alta, o litro médio do diesel em cidades do interior paulista no entorno de Ribeirão Preto passa de R$ 2,90 para R$ 3,05.
O impacto nos custos é imediato nas unidades produtoras. Conforme levantamento do JornalCana junto a especialistas em mercado de combustíveis, o setor sucroenergético utiliza em média 3 milhões de litros de diesel por ano.
Motivos do aumento
A alta de 4,3% no diesel reflete a política de preços da Petrobras anunciada em outubro de 2016. Essa política apura mensalmente o comportamento dos valores do diesel e da gasolina no mercado internacional e aplica a variação no Brasil.
Em 20/04 último, além do diesel também a gasolina sofreu alta nas refinarias, mas de 2,2% médios.
Conforme a estatal, a decisão do reajuste “é explicada principalmente pela elevação dos preços dos derivados nos mercados internacionais desde a última decisão de preço, que mais que compensou a valorização do real frente ao dólar, e por ajustes na nossa competitividade no mercado interno.”
“É preciso destacar ainda que o comportamento dos preços de derivados foi marcado por volatilidade nos mercados internacionais em resposta a evento geopolítico, como o ocorrido na Síria”, acrescenta a Petrobras por meio de nota.