A Eldorado, instalada em Rio Brilhante, MS, não é usina. É polo industrial. Ali, ninguém usa a expressão chefe ou subalterno, mas líder e liderado. E ninguém conhece onde fica a área de Recursos Humanos mas sim a de Pessoas & Organização. Os integrantes não sugerem nada a ninguém, mas fazem provocações, afinal a primeira palavra traz um tom de superioridade enquanto a segunda desafia paradigmas e encaminha à reflexão. Não há críticas, mas contribuições. Também não há concordância, mas alinhamento de ideias. Tampouco há integração, mas sinergia. E, o que é melhor, seus contratados não são chamados de funcionários ou colaboradores, mas de integrantes.
Os termos acima – e há muitos outros – não são palavras inertes que fazem parte de um glossário de neologismos para impressionar visitantes ou serem apregoados em palestras externas de grupos de recursos humanos. São o DNA do Polo Eldorado e de todas as outras unidades que fazem parte da Odebrecht Agroindustrial e de todo o conhecido grupo.
A edição 262 do JornalCana traz reportagem especial sobre o Polo Eldorado e todas as suas conquistas. O pretexto da matéria é a finalização do projeto de expansão da unidade, depois de apenas 17 meses, com alto investimento e em um momento de retração, onde a maioria está com o pé no breque. Capitaneada por Eurico Alves e Pedro Augusto da Costa (os jovens da capa) e supervisionada por Genésio Lemos Couto, entre outras feras, o Polo demarca espaço no cerrado do Mato Grosso do Sul e amplia a dimensão de todas as 9 unidades (veja matéria das páginas 42 a 50).
Nem tanto pela ousadia do investimento mas porque realmente investe de fato e prioritariamente em pessoas. Ali cada integrante é um gestor, não apenas se sente como dono do negócio, mas age como tal e recebe dividendos em dinheiro como tal, seja em prêmios por metas cumpridas ou na participação dos resultados.
Mas, embora os resultados alcançados pelo Polo Eldorado sejam de encher os olhos dos integrantes, nem assim tiram os óculos protetores, um dos muitos cuidados em segurança que toda a empresa tem com os seus.
Nós do JornalCana publicamos esta reportagem com esperança renovada. E, a exemplo dos entrevistados, fazemos uma provocação, não uma sugestão: o que o restante do setor poderia fazer, por seu turno, para aproveitar desta cultura? Alinhar propósitos? Contribuir em sinergia? Tornar seus quadros de pessoal verdadeiros integrantes e donos do negócio?
Enganou-se quem apostou contra. Pelo menos a Odebrecht Agroindustrial está mudando e ajudando a mudar conceitos. Que esta provocação leve à reflexão e mudanças, sempre positivas.