A produtividade média da safra 2081/19 está em 74 toneladas de cana-de-açúcar por hectare (TCH), ante média de 76,5 TCH na temporada anterior. A quebra média é de 2,5 TCH.
A informação é de Luiz Antonio Dias Paes, gerente de marketing e de negócios do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), apresentada durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (20/12) na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), na capital paulista.
A quebra de produtividade já era esperada, segundo Paes, por conta, por exemplo, da manutenção do envelhecimento do canavial. “As reformas de canaviais estavam aquém nos últimos anos e o envelhecimento já existia antes e continuou”, disse.
As chuvas de fim de outubro, conforme o executivo, provocaram ganhos agrícolas. “Registramos uma recuperação de 6 milhões de toneladas de cana”, disse. Significa que a safra 18/19 teria inicialmente uma quebra de 30 milhões de toneladas e, agora, deverá registrar diminuição de 24 milhões de toneladas.
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O executivo do CTC comentou também sobre a reforma de canaviais.
A média de reforma está em 13%, explicou. “Dificilmente chegaremos a 17% porque há busca de ampliar a produtividade dos canaviais.” Ele estima que a média da reforma ficará em 15% ao ano.
Segundo Paes, a perspectiva de reforma entre dezembro a março é de chegar a 90 mil hectares de plantio adicional ante 2017. No total, a renovação deverá chegar a 1,2 milhão de hectares.
A reforma de um hectare, segundo ele, é estimado em R$ 7 mil. Esse valor, explicou, pesa no caixa das usinas diante seu fluxo de caixa.
Foco é obter mais produtividade
Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica, lembrou que o ideal é obter 85 TCH mesmo com o canavial com idade média de 3,66 anos. “Temos de alcançar 85 THC e não os atuais 74 TCH”.
Segundo Padua, o foco não é reformar mais, mas ampliar a produtividade. “Temos que ter produtividade maior em canavial mais velho”, disse.
Sobre a safra 19/20, o executivo do CTC disse que ainda é prematuro estimar a produtividade.